Está em marcha a tentativa de destituir o Comando Nacional de Mobilização e Negociação dos trabalhadores dos Correios
Diretorias sindicais ligadas ao bloco minoritário
(PT/Articulação e PCdoB) e à chamada “Federação Anã” (FNTC) estão encaminhando à
Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios o pedido para que seja
convocado um Consin (Conselho de Sindicatos), ou algum tipo de reunião plenária
com os representantes sindicais para “unificação” do calendário de greve da
categoria.
A ideia foi expressa por sindicatos e pelo Informe número 14, assinado por uma minoria de representantes do próprio Comando. No Informe de número 15 do dia 14 de setembro, a ideia da Plenária de “todos” os Sindicatos, ou Consin já não aparece, mas se mantém a ideia de que a unificação da greve da categoria deve esperar até o dia 18 de junho.
Desta forma o Comando parece estar respondendo à necessidade de unificação da categoria, quando na verdade está amarrando a greve e impedido a verdadeira unidade que importa aos trabalhadores, contra os pelegos da Articulação, a máfia sindical que dirige o Sintect-SP e Sintect-RJ (PCdoB/CTB) e a empresa.
Isso mesmo depois de a ECT ter protocolado o dissidio coletivo.
É preciso ter claro que tudo isso representa um golpe. Uma das mudanças mais importantes promovidas pelo XI Contect foi justamente transformar o Comando de Negociação e Mobilização em um instrumento democrático com a representação de todos os estados e regiões do País.
Essa foi uma das mudanças com mais apoio nas bases, justamente porque tira a campanha da corriola da burocracia sindical, ou exclusivamente de dirigentes sindicais, e permite a participação de trabalhadores de base.
Aliás, essa foi a mudança significativa que também aconteceu na própria Fentect. A substituição dessa burocracia, por trabalhadores de base, ou mais diretamente ligados à luta da base da categoria.
Durante a Campanha Salarial este Comando é quem acompanha e orienta as bases através dos informes o andamento das negociações é justamente esse Comando.
Da forma como está organizado o Comando nesta Campanha Salaria, com um representante por base sindical, ele já é uma espece de plenária dos sindicatos. Com uma diferença: não é composto exclusivamente por diretores de sindicatos, mas por trabalhadores da base, como é o caso de Alagoas e Goiás.
Do mesmo jeito que havia razão para o adiamento da greve, não há razão para nesta altura da Campanha destituir o Comando para convocar um Consin ou plenária. Inclusive porque o Consin tem representantes das diversas forças políticas, inclusive das pretendiam rachar com a Fentect. A Federação Anã (Conlutas/PSTU), por exemplo, não estão na diretoria colegiada, mas tem membros no Comando.
É o Comando que tem de se reunir e deliberar a respeito do acordo coletivo da categoria. Ainda mais agora que está em marcha o dissidio coletivo com audiência marcada para o dia 19.
Aliás, essa é também mais uma razão para a deflagração imediata da greve, para a organização dos trabalhadores para ir à Brasília protestar em defesa de suas reivindicações.
Não há razões que justifiquem um chamado do Consin ou “plenária unificada”, a não ser que o objetivo seja única e exclusivamente trazer para a Federação e para a Campanha, de contrabando, a máfia sindical do PCdoB. Já que se for para reunir “todos” os sindicatos, a máfia estaria convocada. Foi com esse mesmo propósito que o PSTU/Conlutas apoiou desde o início a data de greve apresentada pelo PCdoB e agora levou parte do Comando e de sindicatos a cair nesse mesmo erro.
Nesse momento a proposta representa colocar o Comando e a própria Campanha Salarial nas mãos dos maiores traidores do movimento sindical dos Correios e daqueles que querem destruir a unidade da categoria através da destruição da Fentect.
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