Vamos recapitular os principais acontecimentos:
Antes da campanha começar, o PCdoB (direção dos sindicatos de São Paulo,
Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins) rachou com a Federação. Era uma tentativa de
enfraquecer a campanha salarial antes mesmo dela começar. Fizeram isso isolando
os trabalhadores de duas das mais importantes bases sindicais da categoria (São
Paulo e Rio de Janeiro) que corriam o risco de ficar sem campanha salarial
porque os sindicatos não têm poder de negociar o acordo coletivo junto à ECT.
Depois que a campanha salarial se iniciou, com a apresentação da pauta
de reivindicações pelo comando de negociações da Fentect em julho, a empresa
atacou os trabalhadores oferecendo 3% de “reajuste” (menos que a inflação) e se
recusou a até mesmo ouvir as reivindicações dos trabalhadores. Se recusaram a
negociar e colocaram a culpa na Fentect.
Os pelegos brincam com a data da greve
Depois disso, quando a ECT emendou sua proposta e ofereceu 5,2% de
reajuste, mantendo sua recusa em negociar com os trabalhadores, os pelegos do
PT/Articulação (Talibã, Amanda, Paulo André, Fischer e outros) se reuniram com a
direção da empresa e, de comum acordo, anunciaram que a data da greve deveria
ser alterada do dia 11 para o dia 25. O dia 25 foi escolhido porque é a data
limite para a postagem de materiais eleitorais e para desarticular a greve do
dia 11. Fizeram isso para tentar impedir que a greve da categoria afetasse a
campanha eleitoral.
Em seguida, foi a vez dos pelegos do PCdoB/CTB brincarem com a data da
greve. Apesar de a Fentect estar convocando a greve há meses para o dia 11, os
pelegos do PCdoB/CTB alteraram, da sua própria cabeça, sem consultar ninguém, a
data da greve para o dia 18. Este golpe foi apoiado pelo golpe do PSTU na
assembleia da PB que, em uma assembleia esvaziada, aprovou o dia 18 por pequena
maioria.
Uma manobra patronal
A data do dia 18 foi proposta inicialmente pelos pelegos do PCdoB/CTB.
Os sindicatos do Goiás, Pernambuco e de São José do Rio Preto (SP) chamaram a
greve para o dia 18. Propuseram e convenceram outros a colocar a campanha a
reboque do PCdoB apesar de todos os avisos.
Direções sindicais como as de Santa Catarina, Campinas, Piauí, Amazonas
e Ceará foram arrastadas pela confusão e suspenderam a convocação de greve para
o dia 11.
E ainda, no meio disso tudo, a direção da empresa enviou a campanha
salarial para o dissídio, para ser julgada pelo TST.
Desta maneira, os pelegos do PT/Articulação e do PCdoB/CTB conseguiram,
junto com a direção da empresa, e com o apoio do PSTU e da Federação Anã dividir
a campanha salarial em três blocos e empurraram a campanha salarial para o
TST.
Agora, para demonstrar a farsa Diviza Onista e Ronaldão Bianual estão
dizendo que só farão greve no dia 20. No dia 20, vão falar que é dia 25 e dia 25
que é no dia de São Nunca.
Agora é greve
A única política para combater essa confusão era deflagrar a greve no
dia 11. Ficou claro que o adiamento
da greve para o dia 18 nada mais era que uma manobra patronal, pois
isso criou a maior confusão entre os trabalhadores que já estavam se mobilizando
para entrar em greve no dia 11.
Os companheiros que equivocadamente seguiram a proposta de greve para o
dia 18 devem refletir sobre mais esta experiência com a traição do bloco
PT-PCdoB-PSTU/Federação Anã.
Agora, companheiros, chegamos ao dia 18.
Não há mais desculpas para adiar. Vamos à greve pelo que é nosso,
enfrentar as manobras patronais dos sindicalistas pelegos e da direção da
ECT.
• 43,7%
já
• Fim do
SAP e do SARC
•
Contratação imediata de 30 mil trabalhadores
• Fim da
terceirização
• Fim da
sobrecarga de trabalho
• Não aos
cortes no serviço de saúde
• Não à
privatização da ECT
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