A maioria dos sindicatos da categoria dos trabalhadores dos
correios de todo o País, realizam assembleias nesta segunda (dia 10) para
reafirmar uma decisão já tomada pela categoria em suas várias instâncias e que
conta com enorme apoio entre os trabalhadores: entrar em greve a partir do dia
11, terça fevereiro, rejeitando as propostas miseráveis apresentadas pela
direção da ECT na mesa de negociação com a Fentect, que é quem representa a
categoria nacional e pode assinar o acordo coletivo para os quase 120 mil
trabalhadores da empresa, presente em todas as cidades do Brasil.
A direção da empresa ficou enrolando os trabalhadores por várias
semanas, se recusando de fato a negociar, apresentando para os representantes
da categoria, a diretoria da Fentect e o Comando Nacional de Negociação e
Mobilização da Fentect, a “proposta” irrisória de 3% de reajuste nos salário.
Esse golpe foi repudiado pela categoria de todas as 35 bases sindicais, em
assembleias convocadas pela Federação e pelos Sindicatos.
Vendo crescer a revolta dos trabalhadores, a empresa apresentou, na
última semana, a proposta miserável de 5,2 % de reajuste, que sequer cobre a
inflação dos últimos 12 meses. A direção da ECT não aceitou nenhuma das
propostas fundamentais da Pauta de Reivindicações da categoria. Não quer acabar
com o excesso de trabalho, não quer por fim ao regime nazista do SAP e SARC.
Não quer acabar a terceirização e mantém seus planos de cortar direitos dos
trabalhadores para criar melhores condições para privatizar a ECT.
Isso só fez crescer a revolta dos trabalhadores em todo o País.
Este é o melhor momento para a categoria parar, porque em todo País os
Correios planejam entregar nos próximos dias milhares de toneladas de
“santinhos” e outros materiais dos candidatos dos políticos e partidos
patronais que querem usar os carteiros como burros de cargas em suas campanhas para, depois de eleitos, traírem
os carteiros e todos os trabalhadores.
A greve dos Correios vai se iniciar também no momento em que outras
categorias importantes e nacionais – como petroleiros e bancários – estão em
campanha salarial e pode deslanchar uma mobilização conjunta com milhares de
trabalhadores ganhando as ruas contras os “planos de austeridade” dos patrões e
do governo diante da crise capitalista que se aprofunda. Eles querem que os
trabalhadores paguem com mais arrocho salarial, com demissões, terceirizações e
perda de direitos. A resposta dos trabalhadores só pode ser dada nas greves e
nas ruas.
Embalado pela revolta da categoria ecetistas contras os baixos salários
e as más condições de trabalho e pela nova direção da Fentect, liderada pelo
Bloco de Oposição ao Peleguismo (Ecetistas em Luta/PCO; MRL, Intersindical e
Independentes) a mobilização dos está fermentando em todos os locais de
trabalho da categoria que é uma das mais combativas de toda a classe operária
brasileira.
A vigorosa locomotiva da categoria dos correios está
ligada e vai entrar em movimento. Foi decidido pelos trabalhadores e não pode
mais ser parara por golpes dos sindicalistas traidores, que não tendo a coragem
de declarar que são contra o movimento ainda tentam convencer uma parcela dos
trabalhadores a adiar a data do início da greve, tentando claramente ajudar os
patrões a dividirem os trabalhadores.
Agora é hora da greve nacional dos trabalhadores dos
correios. Unir toda a categoria para obrigar a direção da ECT a negociar de
fato e a atender às reinvindicações dos trabalhadores.
·
Reajuste salarial de 43,7%, para repor as perdas salariais desde o plano
Real (1994) e assegurar aumento real de 10%
·
Fim do SAP e do SARC (regime de escravidão instalado nos Correios)
·
Contratação de 30 mil trabalhadores (pondo fim às horas extras, dobras,
trabalho no fim de semana)
· O vale refeição de R$ 35,00 por
dia
· Piso salarial de R$ 2.500,00
· Retorno da data-base da categoria
para dezembro
· Fim das terceirizações
· Contra a privatização da ECT
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