Ato Nacional teve como ponto central a reafirmação
das reivindicações dos trabalhadores e a denúncia dos pelegos com a participação
de todos os trabalhadores no carro de som
De
acordo com o deliberado pelo Comando Nacional de Negociação dos trabalhadores,
foi realizado um ato vitorioso em Brasília nesta segunda-feira, dia
24.
O
ato teve o caráter de unificar a campanha salarial da categoria ecetista. Isso
se deu, especialmente, diante dos últimos ataques que a luta dos trabalhadores
dos Correios sofreram, como o racha dos pelegos do PCdoB (Rio de Janeiro, São
Paulo, Bauru e Tocantins), bem como os divisionistas da Federação Anã
(PSTU/Conlutas).
Os
dois grupos divisionistas tem se comportado como manda a direção da empresa. Um
dos fatos que mais comprovou esta tese foi o rebaixamento de pauta proposto
pelos grupos divisionistas pelegos.
Neste
sentido, o ato dos trabalhadores unificou a luta da categoria em diversos
estados, especialmente do Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Piauí, Amazonas, Goiás, dentre outros estados representados pelos mais de
trezentos trabalhadores presentes na atividade.
Não
ao rebaixamento de pauta de reivindicações!
O
ponto que foi mais salientado, especialmente pelos companheiros Pedro Paulo e
Edson Dorta, presidente do Sintect-MG e Secretário Geral da Fentect,
respectivamente, foi a questão do não rebaixamento da pauta dos trabalhadores,
especialmente porque a ECT não demonstrou em nenhum momento que quer negociar,
tendo acionado o TST antes mesmo da deflagração da greve em nível
nacional.
Joel
Arcanjo, do comando de negociação, representando o Rio de Janeiro, também
reforçou que a empresa não quer negociar, e que a categoria deve reforçar a
plataforma de luta aprovada no último Congresso dos Trabalhadores Ecetistas, o
Contect. Carlos Clei, do Sintect-AM e representante do Amazonas no Comando de
negociação e outros trabalhadores também reafirmaram a necessidade de não se
ajoelhar perante os desmandos da ECT, de fortalecer a greve e a luta da
categoria por suas reivindicações.
Ato
democrático
Outro
aspecto muito discutido foi o caráter democrático do ato, ao permitir que todo
trabalhador de base, ou sindicalista, tivesse o direito a fala garantido, pelo
tempo que fosse necessário.
Exatamente
o contrário das assembleias realizadas pelo Sintect-DF, naquele mesmo local,
onde a presidenta do sindicato, Amanda Corcino, que é da Articulação/PT, vem
estabelecendo uma verdadeira ditadura.
Por
causa disso e da última assembleia do dia 19, no TST, em que a presidenta do
Sintect-DF organizou um ataque contra o secretário geral da Fentect, Edson Dorta
do PCO, os trabalhadores que participavam do ato a vaiaram e a apelidaram de
“Carminha”, a vilã grotesca da novela global.
Nas
assembleias da “Carminha” apenas seus diretores podem falar, além, é claro, da
oposição consentida através de Jacozinho (PSTU/Conlutas), que forma uma espécie
de sucursal da Amanda em termos de pelegagem, defendendo as mesmas sugestões da
dirigente sindical petista.
O
ato foi realizado com sucesso apesar do boicote deliberado das direções
sindicais da Federação Anã e da Articulação Sindical, que são também os
principais responsáveis pelo adiamento da greve e o rebaixamento da pauta da
categoria.
Amanda
também foi denunciada porque não convocou o ato impedindo desta forma que ele
tivesse uma participação mais ampla da base claramente na tentativa de
desmobilizar a Campanha Salarial dos trabalhadores.
O
ato é o primeiro de outros que se seguirão nesta semana, especialmente no dia do
julgamento do dissídio, marcado para esta quinta-feira, dia 27, às 13h30, no
TST. Os trabalhadores de todos os estados devem vir à Brasília para pressionar
este tribunal burguês a aceitar todas as reivindicações dos
trabalhadores.
Dia 27/09 é o dia D.
ResponderExcluirO que for acordado lá valerá para todos? A proposta salarial está inclusa nisso? E as outras 80 reivindicações para melhoria das condições de trabalho?