Um relato
Os trabalhadores de São Paulo superaram os
capangas, a censura e o golpe e fizeram impor a sua vontade: é greve!
A
diretoria da máfia sindical do PCdoB bem que queria adiar novamente a greve na
tentativa de enterrar a campanha salarial. Não houve mobilização, contrataram o
dobro de bate paus do que normalmente estavam contratando que já era muito,
usaram os detectores de metal, exigiram identificação, colocaram todos em um
cubículo, censuraram a oposição. Nada disso deu resultado.
Os trabalhadores
que iam chegando no CMTC Clube, no bairro da Armênia, já entravam no local
pedindo a greve. Alguns, mais exaltados, diziam que se a diretoria do sindicato
não defendesse a greve, iriam virar o carro de som. Companheiros de vários
setores, que nas demais assembleias não compareceram devido às dificuldades
impostas pela máfia sindical se organizaram e foram à assembleia para aprovar a
greve.
Na entrada,
diretores da máfia sindical impediram, usando seus capangas, o membro da
oposição Ecetistas em Luta e diretor da Fentect, Henrique Áreas, de entrar na
assembleia. Além de ser mais uma demonstração da ditadura do PCdoB em São Paulo,
é uma medida ilegal, já que o companheiro é filiado ao sindicato.
Para entrar na
assembleia, o trabalhador precisou passar pelo corredor de capangas e pelo
detector de metal.
Para quem conseguiu
entrar, teve que se espremer na quadra do CMTC para ouvir o secretário-geral do
sindicato, Nego Peixe, realizar uma assembleia relâmpago, que durou cerca de 20
minutos. A assembleia estava marcada para as 19 horas, só começou às 20 horas e
meia hora depois já havia terminado.
O secretário-geral
do Sintect-SP falou pouco. Os gritos de “olê, olê, olê, greve, greve” obrigaram
a diretoria do sindicato a aprovar a greve sem nenhuma discussão. A ideia
inicial da máfia era adiar novamente a greve, mas não teve jeito. Os
trabalhadores levantaram as mãos quase que unanimemente, aprovaram a greve e
foram embora para mobilizar o restante dos companheiros do turno da noite que
começariam a entrar para o trabalho em pouco tempo.
A diretoria do
Sintect-SP não teve coragem de peitar os trabalhadores. Mais uma vez a categoria
mostrou quem manda em São Paulo.
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