Unificar a mobilização das campanhas salariais para derrotar os patrões e o governo
Essa é a unidade que interessa aos
trabalhadores e pode abrir caminho para uma ampla vitória diante dos “planos de
austeridade” dos capitalistas e seus marionetes nos governos que querem fazer
com que os trabalhadores paguem os prejuízos da crise econômica
6 de setembro de 2012
6 de setembro de 2012
Algumas
das maiores e mais importantes categorias de trabalhadores do País estão em
campanha salarial. Petroleiros, Bancários e trabalhadores do Correios enfrentam
a intransigência dos patrões e governo que serve aos seus interesses.
Os
banqueiros ganharam bilhões nos últimos anos, batendo todos os recordes mundiais
de lucro no Brasil. Em apenas três anos, o governo federal pagou mais de um
trilhão de juros à esses sanguessugas. Dinheiro roubado da população
trabalhadora que paga impostos e que faltou para a Saúde e Educação Públicas,
para as aposentadorias e todos os serviços públicos que o governo alegou não
dispor de recursos para sustentar. Os bilhões distribuídos aos banqueiros e
outros monopólios capitalistas também “sumiram” quando se tratou de atender às
reivindicações dos servidores públicos federais em greve.
Agora,
banqueiros e governos, fazem a maior lamúria quando se trata de discutir as
reivindicações limitadas dos trabalhadores bancários.
Cinicamente,
os banqueiros dizem que estão perdendo dinheiro, que estão em situação difícil,
quando todo povo está endividado e trabalhando para sustentar estes parasitas e
se negam a atender até mesmo as limitadas reivindicações da categoria na
presente campanha salarial, como reajuste salarial de 10,25% e o piso salarial
de R$ 2.416,38, que – segundo o DIEESE deveria ser o salário mínimo (ou seja, o
menor salário do País, pago a qualquer trabalhador mesmo sem qualquer nível de
qualificação). Os banqueiros reunidos na Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)
ofereceram apenas um mísero reajuste de 6% .
A
mesma coisa acontece com os petroleiros.
Anunciou-se,
nos últimos anos, com pompa e circunstância, que nosso País tem um verdadeiro
tesouro, o “pré-sal”, com recursos estimados de mais de U$ 15 trilhões, a
produção do “ouro negro” não para de crescer e um punhado reduzido de
capitalistas ganha rios de dinheiro com isso. Para garantir os lucros dos
tubarões capitalistas mais de 70% das ações da Petrobrás estão nas mãos de
especuladores nacionais e estrangeiros. Os famigerados leilões do petróleo
iniciados na maldita era FHC, não pararam nos atuais governos do
PT-PMDB.
A
situação dos trabalhadores petroleiros, que produzem esta riqueza é bem
diferente, os salários estão cada vez mais arrochados, de cada 4 trabalhadores
do setor 3 deles (75%) trabalham em empresas terceirizadas do Sistema Petrobrás
e as mortes de trabalhadores em acidentes
- decorrentes da precarização das condições de trabalho – não
param.
Em
campanha salarial os petroleiros, além da inflação do último período (por eles
estimada em cerca de 5%), têm como reivindicação principal – de acordo com a FUP
(Federação Única dos Petroleiros) – 10% de aumento real e deram prazo até o
próximo dia 11 para que a empresa responda às reivindicações econômicas da
categoria.
Os
trabalhadores dos Correios aprovaram em assembleias por todo o Pais o estado de
greve e a realização de assembleias geral da categoria para o próximo dia 10,
para aprovar a paralização a partir de zero hora do dia 11 de
setembro.
A
decisão foi adotada diante do golpe da direção da ECT – Empresa de Correios e
Telégrafos – que buscando enrolar os trabalhadores apresentou como “proposta”
inicial para o Comando Nacional de Negociação da categoria, integrado por
representantes da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e
das 35 bases sindicais dos ecetistas de todas as cidade do País, de reajustar os
salários em apenas 3%, quando neste ano já reajustou suas tarifas em até 40% e
quando os trabalhadores dos correios reivindicam 43,7% de reajuste para repor as
perdas da categoria e garantir 10% de aumento real.
Em
meio à onda de greves que paralisou centenas de milhares de servidores federais,
trabalhadores da construção civil , metroviários, ferroviários, caminhoneiros e
muitas outras categorias no primeiro semestre dos 370 acordos salariais fechados no primeiro
semestre no Brasil – de acordo com o DIEESE – houve um aumento real médio de
2,23%, acima da inflação dos últimos 12 meses.
A
situação evolui rapidamente no sentido do agravamento da crise econômica e com
ela a tentativa da burguesia de aprofundar o roubo dos salários e do emprego dos
trabalhadores para defender seus lucros em baixa.
Mais
do que nunca a união dos trabalhadores em cada uma das categorias, contra as
tentativas de divisão dos patrões e dos seus aliados no movimento sindical, é
uma arma fundamental.
Para
fortalecer a luta de cada categoria e do conjunto dos trabalhadores, um passo
decisivo seria – nesse momento – unificar as mobilizações das campanhas
salariais em curso como começando pelos trabalhadores dos correios, petroleiros
e bancários e atingindo outras categorias.
Os
trabalhadores dos correios aprovaram esta política em seu recente congresso
nacional . Nesse dia 5, em Brasília, petroleiros e dezenas de categorias
vinculadas à Central Única dos Trabalhadores estão realizando ato em comum em
torno de suas reivindicações.
É
possível e preciso avançar – e muito – nessa direção. Convocar atos e
mobilizações conjuntas em todo o País. Plenárias de trabalhadores para organizar
uma ampla mobilização.
Ganhar
as ruas uificadamente para exigir o atendimento das reivindicações de cada
categoria e levantar as bandeiras que unificam os trabalhadores como a defesa
reposição das perdas salariais, a redução da jornada e o fim das terceirizações
para barrar as demissões.
Contra
a política dos patrões e do governo de transferir para os trabalhadores o ônus
da crise com seus “planos de austeridade, mobilizar unificadamente os
trabalhadores para fazer vitoriosa a luta por suas reivindicações.
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