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sábado, 1 de setembro de 2012

Nova Fentect: o que foi feito até agora


Apresentamos um pequeno balanço do que a nova direção da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios realizou desde que foi eleita, há pouco mais de dois meses

1 de setembro de 2012
Desde o encerramento do XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) a nova direção da Federação Nacional –Fentect vem lutando para organizar a campanha salarial e reorganizar os trabalhadores ecetistas pela base.

O bloco que se formou no Congresso para derrotar a Articulação e se tornou o Movimento de Oposição ao Peleguismo a partir das mudanças aprovadas no próprio Contect, como a ampliação da direção da Fentect e do Comando de Mobilização e Negociação tem enfrentado ataques de todos os lados, da empresa, dentro da própria Fentect (o bloco de sindicalistas ligados à empresa do PT e alguns setores que restaram da Federação anã) e dos que querem destruir este instrumento de luta dos ecetistas, como o PCdoB/CTB e PSTU/Conlutas.

Ainda assim já realizou nesses dois meses de mandato muito mais do que as últimas direções da Fentect fizeram nos últimos anos.

Desenvolvendo o que foi definido no Contect, que a entidade de luta deve se voltar para a base dos trabalhadores uma das primeiras preocupações da nova direção da Fentect foi eleger o Comando Nacional de Mobilização, com representantes das 35 bases sindicais em todo o país, ampliar os meios de comunicação com os trabalhadores, enfrentar a truculência da empresa e desfazer suas mentiras e lutar contra os pelegos que primeiro tentaram dividir a categoria rachando com a Federação e agora tentam impedir a vitória da campanha salarial 2012/2013.

Enfrentou as mentiras e truculência da empresa

A empresa sabe e não gostou nenhum pouco das mudanças que estavam e estão sendo operadas na Fentect. Por isso, mal encerrado o Contect iniciou sua provocação contra os trabalhadores na tentativa de antecipar a Campanha Salarial 2012/2013.

No começo de julho a empresa apresentou calendários decididos unilateralmente, desrespeitando a organização dos trabalhadores e demonstrando interesse em encerrar as negociações no dia 31 de julho, sendo que tradicionalmente as negociações começam em agosto, data-base da categoria. Aliada a isso, iniciou uma campanha com mentiras e calúnias nos seus órgãos de comunicação insinuando que a Federação não queria ou estava dificultando as negociações.

A Fentect rapidamente apresentou uma proposta de calendário para a empresa. O calendário previa as assembleias para aprovação e discussão da Pauta de Reivindicações, além da eleição dos representantes dos estados e regiões no Comando de Negociação. Além de datas para agendamento de reuniões e discussão da Pauta dos trabalhadores.

A empresa se recusava até mesmo em fechar datas. Mesmo sabendo que a Fentect não negocia sozinha, e precisa do Comando, continuava criando fatos e reuniões para desgastar a nova direção da Federação e tentar colocar os trabalhadores contra sua representação.

O que não aconteceu é claro. A cada dia ia ficando mais claro que tudo não passava de um jogo de cena da ECT e seus negociadores, liderados pelo ex-sindicalista do PCdoB, Luiz Eduardo do Ceará.

A Fentect se manteve firme e na data combinada, 26 de julho, protocolou a Pauta de Reivindicações se colocou à disposição da empresa para sentar e negociar. Mas este não era o interesse da empresa.

Ela vinha forjando documentos e até mesmo atas de reuniões apenas dos seus próprios negociadores para forjar um processo, encerrar as negociações e levar a campanha salarial da categoria para o dissidio, no TST.

Isso estava tão claro que nem mesmo uma verdadeira proposta de reajuste salarial a empresa se preocupou em oferecer para os trabalhadores, apresentando no dia 2 de agosto os ridículos 3%.

Ministério Público do Trabalho, Delegacia do Trabalho, Ministério do Planejamento...

Diante da postura truculenta da empresa a nova direção da Fentect tomou providências para denunciar os negociadores da ECT e tentar reverter essa situação no sentido de garantir as reuniões e o debate da Pauta de Reivindicações que tem 88 cláusulas.

O resultado foi uma audiência no Ministério Público do Trabalho no dia 3 de agosto. Na audiência ficou evidente a indisposição da empresa em continuar as negociações. O que foi percebido pelo e o procurador do trabalho que instigado pelos representantes dos trabalhadores insistiu que a empresa se posicionasse claramente sobre a possibilidade de agendar novas reuniões.

Mas a Fentect continuou buscando novas formas de denunciar a postura da empresa e protocolou em diferentes Ministérios (Trabalho, Comunicação, Planejamento, Casa Civil) pedidos de reuniões.

Em resposta a esses pedidos aconteceu na quarta-feira, dia 23 de agosto, uma reunião no Ministério do Planejamento. A reunião foi com um representante do DEST mesmo “sem maiores compromissos” se dispôs a ouvir os representantes dos trabalhadores e a responder oficialmente a alguns questionamentos que dizem respeito ao Ministério do Planejamento, com relação aos recursos financeiros da Empresa etc.

A Fentect também buscou a Delegacia do Trabalho do Distrito Federal e uma reunião já está prevista para a próxima terça-feira, dia 28. Esse foi mais um instrumento encontrado pela Federação para deixar claro para todos que a postura truculenta e intransigente da ECT em não negociar com a categoria apenas está lutando por suas reivindicações salariais, condições de trabalho etc.

Atos em Brasília

A Fentect está procurando de todas as formas levar adiante as negociações. Além de buscar as vias institucionais mais amplas possíveis, está também realizando atividades públicas, no sentido de mobilizar a categoria e mostrar para a direção da ECT que ela vai ter de responder às reivindicações dos trabalhadores.

Nesse sentido a nova direção da Federação tem realizado atividades públicas em Brasília, principalmente no Ed. Sede dos Correios.

Até agora, pelo menos duas atividades de agitação, distribuição do jornal da Fentect e outros matérias da campanha, carros de som etc.

O objetivo da nova direção é retomar a Fentect como um verdadeiro instrumento de luta, e não apenas mais um escritório sindical em Brasília.

Ampliação dos meios de comunicação

Agora a Federação está muito mais democrática e transparente. Além das mudanças na estrutura interna, com uma direção maior e um Comando de Negociação com representantes de todas as regiões etc. foram inaugurados novos instrumentos de comunicação.

Nesse pequeno espaço de tempo, a nova direção da Fentect está realizando mudanças no site, inaugurou um Blog, páginas nas redes sociais e um canal de televisão na internet a TV Fentect, no You Tube.

Já que a empresa não atende à reivindicação de transparência com a transmissão ao vivo das reuniões, a Fentect tem utilizado o blog como o canal de comunicação dos trabalhadores direto da sala de negociação.

As notícias são divulgadas com agilidade mantendo a categoria informada de todos os andamentos e acontecimentos da campanha salarial. Lá estão imagens das atividades diversas da Federação, além dos documentos como atas das reuniões e Informes do Comando.

A imprensa também tem sido abastecida com informações sobre a Campanha Salarial da categoria de Correios, o que tem forçado inclusive que a empresa se manifeste publicamente a respeito das negociações.

Uma primeira edição do Jornal da Fentect, contendo a íntegra da pauta, coisa inédita na Fentect, foi distribuído em 70 mil exemplares para a categoria. Foram impressos 70 mil cartazes e 100 mil adesivos para a campanha. Um novo exemplar do jornal está sendo elaborado para breve.

Organizar a base do Rio e São Paulo

Tão ou mais importante que todo o resto está sendo a luta que a Fentect está travando no Rio de Janeiro e São Paulo. Para garantir a participação dessas bases na campanha salarial a Federação está enfrentando a máfia sindical que controla os Sintect-SP e Sintect-RJ.

Até a violência e agressão física esses bandidos que se dizem sindicalistas realizaram contra os trabalhadores que buscam se organizar de maneira independente.

Os membros do PCdoB/CTB que estão nas direções desses sindicatos estão junto com o negociador da empresa que é desse mesmo partido, o Luiz Eduardo do Ceará. Eles mentem e fingem estar negociando o acordo coletivo por fora da Fentect. Mesmo tendo consciência e até tendo assinado documentos oficiais reconhecendo que apenas a FENTECT pode assinar o acordo coletivo da categoria. Fazem isso para confundir os trabalhadores e enfraquecer sua mobilização.

Essas são as maiores bases sindicais do País e fundamentais para o sucesso da campanha salarial. Foi utilizando esses sindicatos pelegos que a empresa vem realizando seus ataques contra os ecetistas nos últimos anos.

Foi fundamentalmente pela atuação da diretoria pelega destes sindicatos que a empresa conseguiu bancar o acordo bianual de 2009 e acabar com a greve de 28 dias no ano passado, com diversos ônus para os trabalhadores, como o desconto dos dias, a compensação no final de semana...

Por isso nas últimas semanas a Federação tirou centenas de cartazes, dezenas de milhares de panfletos, jornal e realizou duas assembleias. Essa agitação vai continuar e tende a aumentar na medida em que a categoria for se livrando das amarras e ameaças dos pelegos juntamente com a empresa.

A luta que a Fentect está travando nessas bases tem demonstrado também o quanto essas direções estão desgastadas e totalmente sem o apoio dos trabalhadores. O que torna ainda mais legítima a decisão da nova Fentect de organizar esses trabalhadores na Campanha Salarial unificada, depois que suas direções pelegas decidiram dividir a categoria e sair da Federação. Numa jogada casada com a empresa para enfraquecer a categoria nesta campanha salarial.

Essas são algumas das ações da nova Fentect em pouco mais de dois meses, desde que foi eleita no XI Contect, em junho.

Muito mais estar por vir nesta Campanha Salarial que promete ser de intensa luta contra os pelegos e traidores, em defesa dos trabalhadores dos Correios, e de suas reivindicações.

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