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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CDD Vila Moraes - SP: trabalhadores denunciam ECT por tentar impor trabalho escravo

Além de ter que trabalhar nos finais de semana e feriado, conforme determina acordo criminoso, empresa está obrigando a categoria a fazer duas horas extras diárias obrigatórias e a trabalhar 17 dias seguidos, sem folga
Como era de se esperar a direção da ECT está tentando impor um regime de escravidão para os trabalhadores, em especial contra os grevistas, que estão sendo perseguidos dentro dos setores de trabalho.
De acordo com as denúncias feitas pelos trabalhadores do CDD Vila Moraes, localizado na zona Sul de São Paulo, a direção da empresa está obrigando a categoria a trabalhar duas horas extras diária, para “limpar o CDD”. A medida, segundo a chefia, deverá se estender até pelo menos o dia 31 desse mês. Isso sem falar no fato de que os trabalhadores grevistas terão que compensar os dias não trabalhados, dias em que a categoria estava em greve reivindicando melhorias salariais e nas condições de trabalho, nos finais de semana e feriados.
Ou seja, de acordo com a determinação da empresa, os funcionários terão que trabalhar direto, de segunda a segunda, e ainda fazer duas horas extras diariamente, ou seja, terão que trabalhar 55 horas semanais (de segunda e sexta) e ainda no sábado, domingo e feriado. Trata-se de uma aberração. É a volta do trabalho escravo.
Não só isso. O chefe do CDD Vila Moraes já deixou bem claro que os trabalhadores serão convocados para o próximo domingo, dia 23, o que significa dizer que os funcionários irão trabalhar 17 dias corridos, sem folga.
A empresa apresenta como se a medida fizesse parte do acordo que foi imposto pelo Tribunal Superior do Trabalho durante o julgamento do dissidio coletivo. Em primeiro lugar é preciso esclarecer que nenhuma dessas medidas fazem parte do acordo. É evidente que a empresa está se apoiando no fato de o acordo fechado pela direção da ECT, Justiça e burocracia ter sido uma facada contra os trabalhadores, determinando a volta do banco de horas e consequentemente, a volta do trabalho escravo.
O que, no entanto, é preciso deixar claro é que nenhuma dessas medidas ditatoriais consta no acordo salarial. Em nenhum momento foi colocado que os trabalhadores deveriam fazer duas horas extras diárias obrigatórias. De acordo com o dissídio coletivo, os dias de greve seriam compensados por meio do trabalho nos finais de semana e feriado, o que em si já é uma aberração. A empresa, no entanto, não se contentou apenas com essa determinação e está obrigando os funcionários a fazer a compensação e trabalhar 11 horas diárias.
No caso da contratação de dois domingos seguidos, essa medida é ainda mais aberrante. Passa inclusive por cima da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que determina que o empregado tem que ter uma folga pelo menos a cada quinze dias. No caso dos Correios, os chefes querem impor que os ecetistas trabalhem um mês inteiro, sem folga.
Chamamos todos os trabalhadores a denunciarem publicamente esse ataque. Na próxima quinta-feira, 21, a companheira Anaí Caproni participará de uma reunião com a direção da empresa. Todas essas denuncias serão apresentadas e questionadas publicamente. Pedidos para que os trabalhadores enviem para o e-mail anaicaproni@pco.org.br toda e qualquer denuncia de irregularidade envolvendo a ETC.

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