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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O que significa a proposta do banco de horas? Os patrões querem transformar a categoria em escravos

Aceitar a proposta da ECT e do TST é aceitar que os trabalhadores sejam tratados como escravos, sendo obrigados a trabalhar de graça nos finais de semana e feriados

A direção dos Correios e os juízes do TST (Tribunal Superior do Trabalho) querem que os trabalhadores paguem com trabalho nos finais de semana os dias de greve. O Banco de Horas consiste em deixar a categoria nas mãos da empresa. Primeiro, a direção da ECT descontou os seis primeiros dias de greve e agora quer que o trabalhador se escravize para repor as horas paradas.
Os trabalhadores entraram em greve, pois haviam rejeitado a proposta miserável apresenta pela empresa. A empresa, inclusive, ficou cerca de uma semana se recusando a negociar com os trabalhadores e descontou os dias parados sem nem negociar com os trabalhadores.
Diante do impasse, a greve foi ao TST. Lá os ministros, como já é esperado, defenderam a proposta da empresa. Praticamente mantiveram as mesmas propostas econômicas miseráveis. Já em relação às horas paradas, a proposta piorou: os seis dias seriam descontados no ano que vem e o restante, nesse momento cerca de 20 dias, seriam repostos pelos trabalhadores com trabalho nos finais de semana e feriados, horas extras e até remanejamento para outros setores.
A proposta é o Banco de Horas, muito semelhante à assinada pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) na greve de 2008. Há muitos companheiros que até hoje não pagaram todas as horas da greve. O Comando de Negociação do Bando dos Quatro aprovou mais uma vez essa escravidão, mas os trabalhadores passaram por cima nas assembleias e rejeitaram essa proposta.
Essa medida significa a escravidão dos trabalhadores na prática.
A categoria pôde ver que após a greve de 2008 os trabalhadores tinham que ficar disponíveis segundo o bel prazer dos chefes. Para piorar, a chefias usavam o banco de horas para humilhar os grevistas e fazer assédio moral.
A assinatura do banco de horas é um crime contra o trabalhador e contra o direito de greve. Nos Correios, as vantagens da direção da ECT com o Banco de Horas é bem grande, afinal de contas que empresa não quer milhares de empregados trabalhando de graça? Os trabalhadores voltariam da greve e teriam que enfrentar o fim de ano, momento em que a carga na empresa chega a triplicar, a situação do trabalho fica ainda mais insuportável e as horas extras naturalmente aumentam – muitos trabalhadores contam com isso inclusive para ganhar um pouco mais de dinheiro com as horas extras. Além de todo o cenário desolador do final de ano, ainda tem a carga parada, resultante da intransigência da empresa em não negociar.
Essa proposta é um ataque brutal ao direito de greve dos trabalhadores. O tribunal e a direção da ECT simplesmente estão punindo os trabalhadores que estão exercendo seu direito, de fazer greve e de rejeitar a proposta dos patrões caso analisem ser ruim para eles, como de fato é.
O que estão propondo aos trabalhadores é que aceitem ser escravizados. Mas a categoria não está para isso. Os trabalhadores não devem aceitar a ditadura do TST, que age a mando da empresa, e não devem aceitar a volta da escravidão.

- Pelo direito de greve;
- Não à ditadura do TST;
- Greve até a vitória!

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