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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um único patrão, um único sindicato: a questão do sindicato nacional dos trabalhadores dos Correios

A importância dos atos unificados em Brasília durante a greve deixou claro que a unidade dos trabalhadores em um sindicato nacional é o seu fortalecimento diante dos patrões
A greve dos Correios, que durou 28 dias, deixou claro aos trabalhadores a necessidade do fortalecimento de uma organização independente da categoria, que unifique sua luta em nível nacional.
Os Correios têm quase 110 mil trabalhadores espalhados por quase a totalidade dos municípios brasileiros. É a maior empresa brasileira em número de funcionários. Esses trabalhadores servem à mesma empresa e ao mesmo patrão, que é o governo federal. No entanto, a categoria está retalhada em 35 sindicatos, ou seja, mais de um sindicato por estado. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) não funciona de fato como um sindicato nacional, que unifique os trabalhadores, mas apenas como uma representação desses sindicatos, que em última instância têm completa autonomia em relação a ela.
Fica claro que qualquer categoria ou grupo de trabalhadores que estejam unificados tem mais força para enfrentar os patrões e que a divisão dos trabalhadores os enfraquece.
A greve dos Correios provou a necessidade de uma unificação da categoria. Os trabalhadores mostraram sua força em momentos em que estiveram unificados, como foi o caso dos atos em Brasília. À medida que a categoria se unificou em torno de uma proposta unitária, que era a de se mobilizar em Brasília para enfrentar diretamente os patrões dos Correios, os trabalhadores ganharam força e esclarecimento para aumentar sua mobilização.
O exemplo mais claro disso foi o terceiro ato em Brasília, ocorrido no início de outubro. Depois de muita resistência dos sindicatos, que queriam blindar o governo do PT, foi realizado um ato pelas ruas do ministério que se concentrou em frente ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), com cerca de 5 mil trabalhadores ecetistas vindos de quase todo o País.
O ato representou a luta nacional da categoria e foi o primeiro e principal passo para impedir o golpe que estava sendo preparado pelo comando de negociação e pela Fentect, que haviam aprovado um acordo vergonhoso no TST para tentar acabar com a greve pelas costas da categoria.
Os trabalhadores unificados em Brasília repudiaram o golpe e representaram o sentimento da categoria nacionalmente, que no dia seguinte realizou assembleias massivas em todos os estados para rejeitar o golpe e a proposta do TST. Fica claro que a unificação dos trabalhadores foi essencial nesse momento.
É necessário iniciar uma campanha por um sindicato nacional dos trabalhadores dos Correios, que expresse a luta da categoria em nível nacional. O lema dos trabalhadores deve ser: “um patrão, um sindicato”.
A burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) é contra a unificação da categoria. Na realidade, trabalham no sentido contrário, como é o caso da ala mais “esquerdista”, o PSTU/Conlutas, que defende a divisão da categoria, através do rompimento com a Fentect para formar uma federação anã com meia dúzia de sindicatos, que não representam sequer 10% dos trabalhadores. Isso sem falar na proposta de antecipar a greve nacional, o tinha o claro objetivo de enfraquecer o movimento e dividir os trabalhadores, já que apenas meia dúzia de sindicatos sairia em greve. A proposta foi rejeitada pelos trabalhadores, que impediram a manobra e aprovaram a greve nacional unificada.
A oposição do Bando dos Quatro à proposta de unificar os trabalhadores tem o mesmo motivo pelo qual boicotaram sistematicamente os atos em Brasília durante a greve. Essa burocracia quer defender os patrões, ou seja, o governo do PT, e garantir seus interesses particulares nos sindicatos.
A mobilização dos trabalhadores dos Correios abre espaço para a unificação da categoria em um sindicato nacional que vai servir de exemplo inclusive para as demais categorias.

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