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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fim da greve em Minas Gerais: “Traídos, mas não vencidos. Vai ter troco”

Últimos a voltar, os ecetistas mineiros não aceitaram à decisão arbitrária do TST, rejeitaram por unanimidade o acordo criminoso que foi imposto pelo Tribunal, mantiveram o estado de greve e aprovaram não trabalharão neste final de semana a título de compensação. Uma nova será na quarta-feira, dia 19, para avaliar a situação do movimento nacional, discutir os próximos passos e reorganizar o trabalho sindical.

Cerca de setecentos trabalhadores participaram da concentração organizada pela direção do Sintect-MG (Ecetistas em Luta/PCO), na quinta-feira, 13, em frente ao Correio Central.
A manifestação durou o dia inteiro contendo várias intervenções da categoria contra a decisão do TST em encerrar o movimento, contra a traição da burocracia sindical da Fentect (PT/PCdoB/PSTU e PSOL), contra a conduta patronal e a traição do governo do Dilma Rouseff (PT/PCdoB/PMDB). Os trabalhadores usaram adesivos e cartazes com o slogan “Pelegos – TST – ECT; Traídos, mas não vencidos: vai ter o troco; Sintect-MG”. A categoria mostrou firmeza e disposição e interveio o dia todo no CEE-BH e depois nas escadarias do Correio Central de Belo Horizonte, utilizando o carro de som, numa verdadeira demonstração de unidade e ao mesmo tempo indignação contra a traição da Fentect, do comando de negociações e contra a arbitrariedade e o abuso do poder que impera no TST: um órgão anti-trabalhador, a serviço do Estado e dos patrões capitalistas burgueses.
Os trabalhadores disseram que voltarão ao trabalho, conscientes de seriedade com que encaminharam esta greve e que, a próxima, enfrentarão o governo dos patrões, o TST e os pelegos do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) com muito maior poder de radicalização usando todos os métodos de luta próprios dos trabalhadores, que estiverem ao seu alcance.
A categoria disse estar confiante no trabalho sério da Corrente Ecetistas em Luta e na necessidade de viajar por todo o território nacional para desbancar de vez a burocracia sindical do bando dos quatro (PT/PCdoB/PSTU e PSOL) e garantir, na luta, uma organização séria, classista e independente dos patrões e do governo para os trabalhadores dos correios de todo o País.
Na assembleia os trabalhadores, como sinal de repúdio e revolta, queimaram as bandeiras dos traidores das lutas dos ecetistas (PT, PCdoB, CTB e PSTU). Inúmeros trabalhadores pegaram o microfone e desabafaram sua revolta e desilusões com essa burocracia sindical, diversos trabalhadores declaram nunca mais votar em qualquer candidato do PT e do PCdoB; e que vão fazer campanha aberta contra essas agremiações partidárias.
O presidente do Sindicato, Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, franqueou a palavra a toda a base também no período dos encaminhamentos deliberativos. Cerca de 30 trabalhadores, da capital e do interior de Minas, fizeram suas explanações discorrendo sobre a importância das intervenções do sindicato, tanto nas atividades internas à base sindical, quanto na pressão para a realização dos três atos nacionais em Brasília, nos piquetes do correio-sede, em Brasília e na pressão sobre a Fentect, contra as traições daquela burocracia sindical pelega.
Sobre as deliberações da greve, considerando que o Sintect-MG foi até onde poderia ir, uma vez que os demais sindicatos de todo o País já tinham retornado ao trabalho (muito dos quais sem fazer sequer uma assembleia, uma verdadeira traição para desmoralizar a própria categoria grevista daquelas bases sindicais) a categoria deliberou por ampla maioria dos votos a proposta de retornar ao trabalho a partir de 4h30 da sexta-feira, 14/10. Foi deliberado, por unanimidade, a manutenção do estado de greve com nova assembleia de avaliação do movimento para o próximo dia 19/10 – quarta-feira – às 19h no auditório do Sintect-MG, à rua dos Carijós, 141/5º andar, centro de Belo Horizonte. Outra deliberação, por unanimidade, foi a da realização da operação tartaruga a partir do dia 14/10/2011 até segunda ordem advinda de outra assembleia.
Os trabalhadores decidiram também, por unanimidade, exigir da direção da Fentect que ela entre imediatamente com recurso à decisão anti-constitucional e contrária à Lei de Greve decidida pelo TST que manteve a greve legal e não abusiva, mas cortou, parcialmente, os dias de paralisação dos grevistas e impôs o banco de horas na maior partes dos dias de realização da greve e, ainda, ordenou que a ECT pagasse míseros 6,87% de reajuste salarial (quando o que é devido à categoria é cerca de 74%) mais R$80 reais de aumento real linear a partir de 1º de outubro/2011, sendo que não houve consenso entre Fentect e ECT para ajuizamento do dissídio coletivo referente às questões econômicas, o que invalida qualquer arbitragem pelo TST.
Foi deliberado, também por unanimidade, que a diretoria do Sintect-MG marque reunião com a ASGET/MG, data indicativa para amanhã, 14/10, para negociar o direito dos trabalhadores de preferirem que a ECT proceda o desconto total dos dias de greve em oposição ao banco de horas (compensação dos dias de paralisação) a ser trabalhado nos sábados e domingos até 12 de maio de 2012, para os ecetistas que assim optarem. Sobre esse ponto, diversos trabalhadores afirmaram que prefere que desconte do salario os dias parados a dever “favor” aos chefes.
Outra deliberação importante e unânime, foi a realização de uma plenária nacional da Corrente Ecetistas em Luta que deve contar com a participação dos trabalhadores de base composta por ativistas, também do Sintect-MG, vinculados e/ou simpatizantes à Corrente, que deverá merecer todo o apoio do Sintect-MG que não envidará esforços para o bom êxito desta plenária.
A Assembleia ratificou, novamente, a proposta de destituição imediata do comando de negociações TRAIDOR da Fentect; da realização urgente de uma reunião do conselho de representantes dos sindicatos filiados à Fentect (Conrep) para reorganização deste movimento reivindicatório bem como para tirar outros encaminhamentos de interesse dos ecetistas;
Por último, deliberou-se, por unanimidade, que o Sintect-MG se responsabilizará pela realização, nos próximos 30 dias, de cursos de formação político-sindical para os ativistas de sua base sindical com o intuito de melhor constituir a organização da entidade e a formação política dos seus quadros sindicais.
Os trabalhadores em assembleia se confraternizaram e discutiram entrar de cabeça erguida em seus locais de trabalho, sem aceitar qualquer tipo de provocação ou retaliação das chefias e de fura-greves puxa-sacos, cientes de terem feito a maior greve já realizada em conjunto entre toda a base sindical nacional do correio brasileiro e que foi derrotada devido a traição dos capachos da burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT/PCdoB/PSTU e PSOL).

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