ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

sábado, 1 de setembro de 2012

O travamento da principal arma usada pela ECT contra os trabalhadores

Desde 2003, todas as campanhas salariais dos trabalhadores dos Correios forma derrotadas nas assembleias conduzidas pelo Sintect-SP em São Paulo. A iniciativa da Fentect em convocar assembleias dos trabalhadores, depois da ruptura promovida pelo PCdoB/CTB, pode impedir que a empresa use sua principal arma contra a categoria

31 de agosto de 2012

A cerca de dez dias da data escolhida pelos trabalhadores dos Correios para deflagrar sua greve geral, uma questão permanece suspensa no ar: de que maneira a ruptura dos sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro influirá na mobilização da categoria?

Uma coisa, no entanto, é certa: será muito mais difícil para a direção da empresa utilizar sua velha e conhecida arma contra os trabalhadores. A direção pelega do Sintect-SP pode ser jogada para escanteio pela categoria, uma vez que a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios estará, nessa campanha salarial, representando diretamente os interesses dos trabalhadores.


Recapitulando


Antes de tratar do tema central, convém aqui fazer uma breve recapitulação dos principais acontecimentos na luta dos trabalhadores dos Correios no último período.

Em junho desse ano, realizou-se o 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios (XI Contect), no qual foi eleita uma nova direção majoritária para a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) composta por um bloco de oposição (PCO/Ecetistas em Luta, MRL, Intersindical, Mute, independentes) à diretoria anterior (PT/Articulação Sindical e PCdoB/CTB). Este fato, por si só, constituiu uma importante vitória para os trabalhadores dos Correios nacionalmente, porque significa o fim da ditadura de uma burocracia sindical que controlava a Fentect há anos e que já impôs inúmeras derrotas à categoria ecetista.

Às vésperas desse Congresso, as direções dos sindicatos dos trabalhadores dos Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro (Sintect-SP e Sintect-RJ), comandadas pelo PCdoB/CTB, anunciaram sua ruptura com a Fentect.

A menos de dois meses do início da campanha salarial, os trabalhadores dos Correios se viram confrontados com a seguinte situação: os dois sindicatos se colocaram de fora da campanha salarial da categoria, quebrando a unidade nacional do movimento dos Correios.

A ruptura destes sindicatos com a Fentect, no entanto, abriu o caminho para que os trabalhadores de São Paulo passem por cima da da ditadura dos pelegos do PCdoB/CTB.


Quebrar a ditadura do Sintect-SP


O Sintect-SP vem sendo utilizado sistematicamente nos últimos 10 anos pela direção da ECT para quebrar as campanhas salariais da categoria.

Detentor do maior número de trabalhadores em sua base em todo o País, as decisões das assembleias manipuladas pela direção do Sintect-SP foram usadas diversas vezes para acabar com as greves da categoria em nível nacional. Trata-se de uma chantagem contra os trabalhadores: como São Paulo detém a maior base em número de trabalhadores e movimenta uma parcela importante do tráfego postal nacional, sua saída da greve implica no enfraquecimento do movimento paredista nacionalmente.

A situação na campanha salarial deste ano, no entanto, é inteiramente diferente.


Duas assembleias? Os trabalhadores escolhem do lado de quem querem ficar


A direção pelega do Sintect-SP, tentando confundir os trabalhadores, espalhou a mentira descarada de que estaria negociando o acordo coletivo com a ECT junto com o Sintect-RJ, o Sintect-Bauru (dirigido diretamente pela empresa) e o Sintect-Tocantins (com apenas 400 trabalhadores na base).

Com essa justificativa falsa e tentando “mostrar serviço”, convocaram assembleias fajutas, com um punhado de trabalhadores e muitos figurantes e capangas contratados para impedir a oposição de falar, para dar a aparência de que estão realizando a campanha salarial.

As verdadeiras assembleias são as que a Fentect tem convocado e que vêm reunindo cada vez mais trabalhadores. A Federação tomou a iniciativa de convocar assembleias nestas duas importantes bases sindicais para não deixar que os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro sejam prejudicados pela decisão de suas direções sindicais.

A iniciativa da nova direção da Fentect abriu o caminho para que os trabalhadores passem por cima da máfia sindical que dirige seus dois sindicatos mais importantes em nível nacional.

Se as diretorias do Sintect-SP e do Sintect-RJ decidirem não aderir à greve, os trabalhadores terão o respaldo da Fentect, que já decidiu e está convocando a categoria nacionalmente a realizar suas assembleias no dia 10 de setembro e a entrar em greve a partir de zero hora do dia 11 de setembro.

Se, durante a greve, as direções pelegas do Sintect-SP e do Sintect-RJ decidirem se retirar da mobilização, os trabalhadores destas duas bases ainda poderão escolher. Não serão mais reféns da ditadura da máfia sindical que dirige seus sindicatos, pois a Fentect estará à frente da mobilização em nível nacional.

O caminho está livre para travar de uma vez por todas o mecanismo utilizado pela empresa e o governo para confundir os trabalhadores e desmobilizar a categoria em greve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário