ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Atropelar a ditadura do TST: continuar a greve até vitória

A única garantia dos trabalhadores dos Correios é a sua própria mobilização, por isso, está na ordem do dia endurecer a greve, contra os traidores do Bando dos Quatro e contra a ditadura do TST

O Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e a imprensa capitalista estão preparando mais um golpe na greve dos trabalhadores dos Correios. O golpe consiste em utilizar o julgamento no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para intimidar os trabalhadores a voltar a trabalhar.
Os patrões (governo e direção da empresa) e os sindicalistas traidores estão contando com o parecer do tribunal decretando a ilegalidade ou abusividade da greve. Esse é o único, e talvez o último trunfo que resta para tentar pôr fim à greve, diante de uma mobilização que até agora não refluiu e nem dá sinais de refluxo. Isso ficou claro depois de toda a rejeição da categoria às tentativas de manobras anteriores, com destaque à última, em que os trabalhadores protagonizaram um verdadeiro levante nas assembleias em todo o País para atropelar a burocracia sindical, que havia aprovado um acordo no mesmo TST.
Agora, a greve será julgada no TST, mesmo depois de tribunais em todo o País terem concedido ganho de causa aos trabalhadores contra o desconto dos dias parados. No entanto, como os próprios trabalhadores dos Correios já mostraram com a rejeição da proposta da vergonha do TST, o julgamento do tribunal não deve ser levado a sério como motivo para retornar ao trabalho.
A manobra da burocracia sindical de usar o TST para afundar a greve é apenas mais um golpe, mais uma traição aos trabalhadores. E por que? Porque a única arma dos trabalhadores é a mobilização, recuar diante de qualquer obstáculo – seja esse obstáculo colocado pela empresa, pelo Judiciário ou pelo governo - é entregar a luta.

Aceitar decisão do TST é renunciar ao direito de greve

Basta um raciocínio simples para ver que os trabalhadores não devem se guiar pelo que fala o TST. Se toda vez que o TST julgar que uma greve é ilegal, os trabalhadores estariam completamente nas mãos do tribunal. Só poderiam fazer greves se o TST permitir.
Dessa maneira, fica claro que não existiria mais greve, não existiria mais sindicato e os trabalhadores não poderiam reivindicar mais nada. É a volta da ditadura. Dizer que os trabalhadores deveriam simplesmente respeitar a decisão do TST, ceder às intimidações da Justiça etc., é jogar a luta da categoria no reino da arbitrariedade total.
Segundo este raciocínio, não precisaria haver greve nem sindicato, nem qualquer tipo de organização dos trabalhadores e sim apenas a justiça do trabalho.
É o fim do estado de direito no Brasil, é o fim do direito de greve dos trabalhadores. Por esse motivo a manobra do Bando dos Quatro para acabar com a greve usando a desculpa do TST é uma traição não só aos trabalhadores dos Correios, mas aos trabalhadores brasileiros em geral, pois significa reconhecer a autoridade do TST sobre os trabalhadores. O TST colocaria na sequência do estrangulamento da greve dos Correios, um ataque à greve dos trabalhadores bancários, que também estão sendo atacados pelo governo e pelos patrões.

A Justiça, que quer acabar com a greve, é controlada pelos patrões

Mas, é claro que todo mundo sabe que não é assim. Os sindicatos existem e a greve existe porque o trabalhador não vai deixar o seu destino na mão da justiça escolhida e organizada pelos seus próprios patrões.
Nós não reconhecemos e chamamos a categoria dos Correios e os trabalhadores em geral a não reconhecer esse poder.
Mesmo porque todo mundo sabe que o Judiciário está nas mãos dos patrões, não há mais dúvida disso. Quem guia as decisões dos juízes do TST é claramente a direção dos Correios e o governo federal do PT. Em uma palavra, as decisões estão sendo tomadas pelos patrões dos trabalhadores.
Não reconhecer o TST é não reconhecer o próprio patrão, que no caso é a direção da ECT. Os trabalhadores dos Correios já deixaram claro que não respeitam e não reconhecem os patrões, pois já rejeitaram, em todas as oportunidades, a proposta miserável da empresa e do próprio TST.
O julgamento no TST já é um jogo de cartas marcadas. Tanto que, em primeira decisão, a ministra Cristina Peduzzi negou o pedido de suspensão da greve pedido pela empresa, segundo palavras dela mesma justamente porque “a empresa não demonstra nenhuma tentativa de acordo com os sindicatos e os empregados”. A ministra negou o pedido de abusividade da greve.
No entanto, essa decisão foi ignorada quando entrou na jogada o ministro João Orestes Dalazen, que decretou que volta ao trabalho de 40% do efetivo. A decisão também foi ignorada pela categoria. Não dá para confiar nos ministros, eles estão ali para fazer o jogo da empresa. São juízes biônicos, nomeados pelo poder Executivo, ou seja, pelos governos de plantão (Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma) e estão a serviço destes governos contra a população trabalhadora. O próprio relator do julgamento do TST – Ministro Mauricio Godinho foi o relator do processo do PCCS da escravidão que transformou todos os trabalhadores dos Correios em funcionários Bombril, oficializando o cargo amplo, legitimando o desvio de função nos Correios.
Além de tudo isso, devemos deixar claro que a tentativa do TST de julgar se os trabalhadores podem ou não fazer greve atenta contra a própria Constituição Nacional, que garante o direito de greve. Nos últimos anos, os tribunais e os políticos patronais corruptos procuraram dar a volta na lei, aprovando “limites”para a greve o que atenta contra a Constituicão. Ou os trabalhadores podem ou não podem fazer greve. Este direito  foi conquistado na luta e não podemos permitir que meia dúzia de juízes o tirem dos trabalhadores.

A resposta dos trabalhadores: endurecer a greve

Por isso, diante da própria experiência da categoria, que demonstra uma enorme tendência de luta, a greve deve continuar, independente da decisão do TST. O que manda é a mobilização dos trabalhadores, que continua forte e vigorosa e que deve ainda assim ser ampliada com medidas de força contra o governo e a empresa, como ocupações dos principais setores, mais piquetes e mais manifestações em Brasília e nos estados.
Os trabalhadores devem, inclusive, se retirar das negociações com o TST, que servem como uma arapuca e exigir uma negociação com a empresa. Da mesma maneira, está na ordem do dia a destituição desse Comando de Negociação traidor e a formação de um novo comando com pelo menos um representante por sindicato.
Também é necessário que os trabalhadores de São Paulo garantam que a Oposição Ecetistas em Luta fale na assembléia deste Sindicato, pois os pelegos do PCdoB que controlam o sindicato colocaram no site do Sintect-SP que iriam defender a proposta do acordo traidor do TST, mas diante da força da greve e dos milhares de trabalhadores que foram até o clube CMTC, onde estão sendo realizadas as assembléias, ficaram com medo de enfrentar a categoria. Agora eles vão aterrorizar a categoria com o fantasma do TST para quebrar a greve no principal sindicato do país. Entregar o destino da greve a um juiz qualquer é uma capitulação. A categoria deve endurecer a greve como única garantia de vitória.

-    Pelo direito de greve; não às tentativas ditatoriais do TST;
-    Intensificar a greve com piquetes, mobilizações e novas caravanas para Brasília a fim de ocupar os prédios dos Correios;
-    Destituição do Comando traidor de Negociação, Conrep extraordinário, com ampla participação da categoria;
-    Greve até a vitória!

Um comentário:

  1. Isso ai vamos em frente por um pais diferente. O juiz do tst é mais uma mostra que em nosso pais quem tem medo apóia!! Se ela não tem voz para ser imparcial que saia de lá!! greve greve greve não ao salário de miséria e nem a negociações feitas por traidores

    ResponderExcluir