ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Diante do fracasso da política do Comando e da direção da Fentect é preciso: Dar um novo rumo à greve

Manifesto à categoria

Na maioria dos sindicatos, inclusive o de São Paulo, que tradicionalmente é o centro da traição à campanha salarial, os trabalhadores forçaram as diretorias a rejeitar a proposta da vergonha e da traição que foi aceita pelo Comando de Negociação do Bando dos Quatro no TST. Agora, são os próprios trabalhadores de base que devem definir uma nova política para a greve
Aceitaram, mas não tiveram coragem de levar adiante. A coragem que Cláudio Roberto de Oliveira e Silva (PCdoB-RJ), João Alves de Melo (PCdoB-Ribeirão Preto), Maximiliano Velazques Filho (PT-MA), Paulo Wilson de Araújo (PT-SC), Saul Gomes da Cruz (PT-BA), Evandro Leonir da Silva (MRL-RS) e José Gonçalves de Almeida, “Jacó”, (PSTU-DF) tiveram na frente dos magistrados do TST de aprovar a proposta ao gosto dos juízes e da direção da ECT dentro da sala de audiências, de não contestar, de não dizer aos juízes que os trabalhadores eram contra, de ser porta-vozes do movimento, faltou na hora de encarar os milhares de trabalhadores presentes nas assembleias.
Os traidores fizeram um papel ridículo e foram obrigados, horas depois de terem aceitado o acordo da vergonha e da traição, a votar timidamente contra o mesmo acordo na frente dos trabalhadores.
O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo “Talibã” (PT-SP), não teve coragem nem de aparecer. Depois de assinar o acordo, saiu pelos fundos do TST pegou o carro na garagem e desapareceu.
No dia seguinte, faltou ainda mais coragem nas assembleias da categoria, que rejeitaram massivamente em todo o país sem mesmo considerer a proposta.
Em São Paulo, maior sindicato dos Correios, os trabalhadores compareceram em massa à assembleia. Aos gritos de “traição, traição, traição” e de “Olê, olê, olê, greve, greve”, mais de 3 mil trabalhadores passaram por cima da vontade da diretoria do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo) e uma das maiores assembleias da campanha salarial.
A assembleia demorou duas horas para começar e a rejeição da proposta foi por unanimidade, apesar de que todo mundo sabe que os pelegos do PCdoB (da diretoria do sindicato) e seus aliados, como PT e PSTU, eram a favor desta proposta para acabar com a greve. O Peixe e o Diviza (secretário-geral e presidente do sindicato), quando finalmente criaram coragem de aparecer, foram recebidos por vaias e por gritos de “greve”. A categoria mostrou que sabe muito bem que a vontade da diretoria do sindicato era acabar com a greve ali mesmo. No Rio de Janeiro, os trabalhadores ameaçaram quebrar o sindicato se a proposta fosse aprovada.
Agora, a política do Comando de Negociação e de todo o Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) para acabar com a greve sobre a base de uma proposta miserável fracassou completamente e é preciso começar tudo de novo.

Agora, querem de novo passar por cima das assembleias

A atitude antidemocrática destas direções fica espelhada no fato de que não reconhecem a vontade da categoria expressa nas assembleias.
Ficou claro que os trabalhadores rejeitam não apenas este ou aquele aspecto da proposta cozinhada no TST entre direção da empresa, juízes e pelegos, sem qualquer consulta a ninguém, mas o conjunto da política que vem sendo levada adiante.
Os trabalhadores não querem um acordo rebaixado, não querem abono, não querem um aumento miserável, não querem compensar ou pagar os dias parados. O que está sendo negociado pelo Comando nada tem a ver com a vontade e o interesse da categoria. Está sendo negociado contra a categoria.
Nós partimos do princípio de que é preciso respeitar a vontade da categoria.
O comando e a Fentect fracassaram. A política do comando e da Fentect fracassaram. Não está colocado para o movimento grevista remendar essa política, mas rejeitar esta política, modificar substancialmente esta política e dar um novo rumo à greve. Esta é a vontade da categoria expressa nas assembleias.
É nesse espírito que nos dirigimos à direção da Fentect, ao comando, a todos os sindicatos, a todos os dirigentes sindicais e, principalmente, a todos os trabalhadores com a seguintes considerações.

Chega de colocar o destino da greve na mão dos juízes do TST que estão de acordo com a proposta vergonhosa dos patrões

O comando e os sindicalistas do Bando dos Quatro estão agora procurando levar o movimento para outra arapuca: dissídio no TST.
Os trabalhadores têm que saber que a atual proposta foi formulada pelo próprio TST e que dificilmente os juízes vão formular algo diferente disso. Os juízes já demonstraram que estão do lado da empresa e os trabalhadores não podem confiar em uma política que conte com uma proposta favorável no TST.
A atitude dos juízes é tão escandalosamente parcial que sequer levaram em consideração que a nossa categoria está há dois anos sem qualquer reajuste e que é uma ofensa propor um reajuste linear de R$ 80,00! Isso significa R$ 40 por ano! Na media dos salaries não vai significar nem mesmo 3% de reajuste a cada ano! Juízes que fazem esta proposta não são árbitros, mas pessoas que assumiram o lado da direção da ECT na negociação.
Levar a greve para o TST é derrotar a greve.

Aprofundar a greve

A única arma dos trabalhadores é a sua própria mobilização, não há decisão judicial que seja páreo para a luta organizada de uma categoria com cem mil trabalhadores.
É preciso um plano de ação claro e enérgico para enfrentar a situação:
1. Retomar os piquetes e paralisar ainda mais completamente a empresa, parando inclusive o setor administrativo e os terceirizados. Vamos estrangular a empresa economicamente de maneira ainda mais complete ara que ela decida negociar. Greve é para isso, um confronto onde o patrão sofre no bolso. Quem pode mais chora menos.
2. Convocar imediatamente um novo Conrep, com ampla participação da base, aberto para todos os que queiram participar como observadores. A greve é dos trabalhadores, não é propriedade das direções sindicais. Os próprios trabalhadores devem dizer o que fazer. É o salário e o emprego do trabalhador que está em jogo.
3. Destituir o comando traidor, vergonhoso e incompetente que aceitou esta proposta nojenta e eleger um comando amplo, em assembleias representativas, com pelo menos um representante de cada sindicato.
4. Organizar um novo ato em Brasília com milhares e milhares de trabalhadores. Devemos exigir que os sabotadores do último ato, que teve uma importância sem precedentes, apesar de todo o boicote dos sindicatos do Bando dos Quatro, levem a quantidade de ônibus necessária para encher Brasília de trabalhadores dos Correios.
5. Organizar ações mais enérgicas como ocupação de setores etc. Os trabalhadores derrotaram a traição anunciada e planejada, os trabalhadores devem refletir e influir no rumo da greve, apontando um novo caminho.
A corrente Ecetistas em Luta reafirma suas propostas e convoca os trabalhadores dos Correios a passar por cima das reivindicações rebaixadas aprovadas pelo Bando dos Quatro.

- Por 74% de reajuste, pela imediata contratação dos concursados;
-Campanha nos Correios e junto a toda a população trabalhadora contra a Privatização dos Correios, abaixo a política de privatização do Governo Dilma Rousseff do PT-PMDB e PCdoB;
- Fim das terceirizações com o enquadramento de todos os trabalhadores terceirizados aos quadros dos Correios;
- Contratação de mais de 35 mil novos ecetistas por concurso público sem a farsa do teste de aptidão;
- Fim do trabalho nos finais de semana, com a incorporação dos 15% aos salários de todos os trabalhadores;
- Jornada de 35 horas semanais; sem redução dos salários;
- Fim do excesso de serviço com redistritamento dos setores feito pelos próprios trabalhadores;
-Entrega de correspondências pela manhã;
-Pela ampliação do plano de saúde dos Correios sem o compartilhamento do pagamento das despesas feito pelo trabalhador;
-Substituição das guias médicas por cartão magnético;
-Ticket combustível para quem vai ao trabalho com seu próprio veículo;
-Bolsa de estudo para Universidade a todos os trabalhadores estudantes dos Correios no valor de sua mensalidade escolar;
-Auxílio-creche para homens;
-Revogação do Saldamento do Postalis;
-Revogação do PCCS/2008 da escravidão,
-Transformação da função de carteiro motorizado para o cargo de motorista ou motociclista;
-Que a gratificação da função do motorizado seja no valor da maior gratificação paga aos supervisores;
-Fim do GCR, Metas, Absenteísmo, SGDO e toda forma de opressão da chefia sobre os trabalhadores operacionais;
- Pelo Correio público, estatal e controlado pelos trabalhadores através de eleição direta a todos os cargos de chefia, desde Presidente a Supervisor de Operações, com mandatos revogáveis pelos próprios trabalhadores.

Pela corrente Ecetistas em Luta
Anaí Caproni (da minoria da direção da Fentect)
Édson Dorta

Pelo Sintect-MG
Pedro Paulo de Abreu Pinheiro
Robson Gomes da Silva

Um comentário:

  1. Pessoal é hora de colocar as coisas nos seus devidos lugares. No meu entendimento acredito que precisamos sim de renovar, as bases sindicais, porém o estatuto de cada sindicato impede de que se faça qualquer mudança nesse momento. Entendo também que fomos traidos, mas nós, carteiros lutamos contra isso que está acontecendo e motivados pela luta, não retrocedemos mesmo diante de suposto desejo vindo da parte de alguns líderes sindicais de enfraquecerem o nosso movimento, seja por qualquer motivo, financeiro, político partidário ou interesse próprio. Sendo assim, sugiro que forcemos a negociação no sentido de melhorar o atual acordo, tendo em vista que ao formular outro acordo, ficaria inviável pela razão de que o ultimo CONREP, deu plenos poderes para essa direção Fentect, que aí está para nos representar junto à Empresa diante do TST, mas isso não nos torna incapaz de tomar decisões contrárias ao não aceitar tal maracutaia, e cobrar na força que temos que acordo seja assinado sem que traga prejuizos para a categoria que legitimamente luta no seu tempo(Dissídio coletivo), por melhores condições de trabalho, salário condizente, e outros benefícios aos quais temos direito. E entendo também que esse começar de novo com uma nova proposta poderá não ser aceita pelo fato de já existir uma proposta protocolada nas estâncias judiciais não cabendo outra, e tem mais, a própria Empresa junto com TST, poderá alegar que outra proposta não cabe dentro do atual processo e bem como não teria tempo hábio para se trabalhar conversações sobre uma nova proposta. Sugiro que venhamos a pensar nas mudanças nas diretrizes representativas da categoria em questão. Que tudo isso sirva de lição para nossa categoria, haja visto que ''eu'' quando participei no 10° Congresso em Guarapari/ES já havia tomado ciência de todas as questões discutidas ali, bem como grupos se unindo para dividir o poder e para que outros como no caso do antigo secretário, antes do atual, tomasse um lugar na mesa de chefia dentro da E.C.T. Outrossim, vale a pena lembrar que na ocasião do 10° Cong., não se discutiu causas trabalhistas, assunto de maior importância naquele momento. Represento o Cdd. Itanhaém/SP e estou aberto para discutirmos sobre vários assuntos ref. a nossa categoria. Saudações de todos os nossos companheiros em greve do litoral sul/spm. ivancarteiro@hotmail.com - 13-9704-7556.

    ResponderExcluir