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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pelegos recuam com medo da categoria e não apresentam sua proposta nas assembleias: uma vitória espetacular dos trabalhadores

O Comando de Negociação do Bando dos Quatro assinou o acordo da vergonha no TST, mas não teve coragem de defender o que eles mesmos queriam para acabar com a greve, diante da mobilização da categoria





Na maioria dos sindicatos, inclusive o de São Paulo, que tradicionalmente é o centro da traição à campanha salarial, os trabalhadores forçaram as diretorias a rejeitar a proposta da vergonha e da traição que foi aceita pelo Comando de Negociação do Bando dos Quatro no TST.
Aceitaram, mas não tiveram coragem de levar adiante. A coragem que Cláudio Roberto de Oliveira e Silva (PCdoB-RJ), João Alves de Melo (PCdoB-Ribeirão Preto), Maximiliano Velazques Filho (PT-MA), Paulo Wilson de Araújo (PT-SC), Saul Gomes da Cruz (PT-BA), Evandro (MRL-RS), José Gonçalves "Jacó" (PSTU-DF) tiveram na frente dos magistrados do TST, faltou na hora de encarar os milhares de trabalhadores presentes nas assembleias. Os traidores fizeram um papel ridículo e foram obrigados, horas depois de terem assinado o acordo da vergonha, a votar timidamente contra o mesmo acordo na frente dos trabalhadores.
O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo “Talibã” (PT-SP), não teve coragem nem de aparecer. Depois de assinar o acordo, saiu pelos fundos do TST pegou o carro na garagem e desapareceu.
No dia seguinte, faltou ainda mais coragem nas assembleias da categoria, que rejeitaram massivamente. Em São Paulo, maior sindicato dos Correios, os trabalhadores compareceram em massa à assembleia. Aos gritos de “Olê, olá, greve, greve”, entre 2 e 3 mil trabalhadores passaram por cima da vontade da diretoria do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo).
A assembleia demorou duas horas para começar e a rejeição da proposta foi por unanimidade, apesar de que todo mundo sabe que os pelegos do PCdoB (da diretoria do sindicato) e seus aliados, como PT e PSTU, eram a favor desta proposta para acabar com a greve. O Peixe e o Diviza (secretário-geral e presidente do sindicato), quando finalmente criaram coragem de aparecer, foram recebidos por vaias e por gritos de “greve”. A categoria mostrou que sabe muito bem que a vontade da diretoria do sindicato era acabar com a greve ali mesmo.
Agora, a política do Comando de Negociação e de todo o Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) para acabar com a greve sobre a base de uma proposta miserável fracassou completamente e é preciso começar tudo de novo.

É preciso aprofundar a greve!

O Bando dos Quatro está agora espalhando outra arapuca: dissídio no TST. Os trabalhadores têm que saber que a atual proposta foi formulada pelo próprio TST e que dificilmente os juízes vão formular algo diferente disso. Os juízes já demonstraram que estão do lado da empresa e os trabalhadores não podem confiar em uma política que conte com uma proposta favorável no TST. A única arma dos trabalhadores é a sua própria mobilização, não há decisão judicial que seja páreo para a luta organizada de uma categoria com cem mil trabalhadores.
É preciso um plano de ação para enfrentar a situação: 
1. Retomar os piquetes e paralisar ainda mais completamente a empresa, parando inclusive o setor administrativo e os terceirizados. Vamos estrangular a empresa para que ela decida negociar. Greve é para isso, um confronto onde o patrão sofre no bolso. Quem pode mais chora menos.
2. Convocar imediatamente um novo Conrep, com ampla participação da base, aberto para todos os que queiram participar como observadores. A greve é dos trabalhadores, não é propriedade das direções sindicais. Os próprios trabalhadores devem dizer o que fazer. É o salário e o emprego do trabalhador que está em jogo.
3. Destituir o comando traidor, vergonhoso e incompetente que aceitou esta proposta nojenta e eleger um comando amplo, em assembleias representativas, com pelo menos um representante de cada sindicato.
4. Organizar um novo ato em Brasília com milhares e milhares de trabalhadores. Devemos exigir que os sabotadores do último ato, que teve uma importância sem precedentes, apesar de todo o boicote dos sindicatos do Bando dos Quatro, levem a quantidade de ônibus necessária para encher Brasília de trabalhadores dos Correios.
5. Organizar ações mais enérgicas como ocupação de setores etc. Os trabalhadores derrotaram a traição anunciada e planejada, os trabalhadores devem refletir e influir no rumo da greve, apontando um novo caminho.
A corrente Ecetistas em Luta reafirma suas propostas e convoca os trabalhadores dos Correios a passar por cima das reivindicações rebaixadas aprovadas pelo Bando dos Quatro.
- Por 74% de reajuste, pela imediata contratação dos concursados;
-Campanha nos Correios e junto a toda a população trabalhadora contra a Privatização dos Correios, abaixo a política de privatização do Governo Dilma Rousseff do PT-PMDB e PCdoB;
- Fim das terceirizações com o enquadramento de todos os trabalhadores terceirizados aos quadros dos Correios;
- Contratação de mais de 35 mil novos ecetistas por concurso público sem a farsa do teste de aptidão;
- Fim do trabalho nos finais de semana, com a incorporação dos 15% aos salários de todos os trabalhadores;
- Jornada de 35 horas semanais; sem redução dos salários;
- Fim do excesso de serviço com redistritamento dos setores feito pelos próprios trabalhadores;
-Entrega de correspondências pela manhã;
-Pela ampliação do plano de saúde dos Correios sem o compartilhamento do pagamento das despesas feito pelo trabalhador;
-Substituição das guias médicas por cartão magnético;
-Ticket combustível para quem vai ao trabalho com seu próprio veículo;
-Bolsa de estudo para Universidade a todos os trabalhadores estudantes dos Correios no valor de sua mensalidade escolar;
-Auxílio-creche para homens;
-Revogação do Saldamento do Postalis;
-Revogação do PCCS/2008 da escravidão,
-Transformação da função de carteiro motorizado para o cargo de motorista ou motociclista;
-Que a gratificação da função do motorizado seja no valor da maior gratificação paga aos supervisores;
-Fim do GCR, Metas, Absenteísmo, SGDO e toda forma de opressão da chefia sobre os trabalhadores operacionais;
- Pelo Correio público, estatal e controlado pelos trabalhadores através de eleição direta a todos os cargos de chefia, desde Presidente a Supervisor de Operações, com mandatos revogáveis pelos próprios trabalhadores.

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