O que foi discutido no TST não é um acordo, mas uma bofetada na cara da categoria. Precisamos aumentar a nossa greve e a nossa mobilização. Essa tem que ser a resposta dos trabalhadores aos ataques promovidos pela empresa, governo e burocracia sindical. Não vamos aceitar esmolas, muito menos a volta da escravidão
Companheiro trabalhador, depois de passar mais de 20 dias em greve, uma paralisação massiva, a maior greve dos últimos dez anos, a categoria pôde assistir a preparação de mais um violento ataque contra a nossa luta.
Depois de aprovar o Acordo Bianual, que deixou os quase 110 mil trabalhadores dos Correios sem receber reajuste por dois anos, uma traição que os trabalhadores não esqueceram até hoje, o Comando de Negociacão apoiado pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) voltou a se articular para atacar ainda mais a categoria.
Estão propondo a volta da escravidão.
Você trabalhador, que está há dois anos sem receber reajuste, irá receber conforme foi acordo entre a empresa e o Comando de Negociação, míseros R$ 80 de reajuste linear. Não só isso. Os seis dias que foram descontados pela empresa, serão devolvidos para serem descontados novamente em janeiro.
O acordo é uma facada contra os trabalhadores. O Comando de Negociação está proposto a volta do odiado banco de horas, para que a categoria trabalhe como escravo, com dobras, horas extras, trabalho nos sábados, domingo e feriados, conforme a vontade da empresa e sem receber absolutamente nada por isso. Isso sem falar no fato de que a empresa foi autorizada a fazer rodízio com os funcionários, podendo coloca-los para fazer a compensação dos dias parados em outros setores da região.
Esse ataque violenta contra os ecetistas tem que ser amplamente rejeitado. Precisamos denunciar esses vendidos, que estão assinando a volta da escravidão para receber em troca dessa traição cargos e pequenos privilégios dentro da empresa. São uns verdadeiros marginais, capazes de assinar a escravidão de milhares de trabalhadores, em troca de pequenas vantagens.
Convocamos todos os companheiros a rejeitarem esse insulto contra a categoria. A greve tem que continuar. Não só isso. A experiência mostrou mais uma vez que os trabalhadores precisam romper de uma vez por todas com a burocracia sindical, agentes dos patrões dentro do movimento. O Comando de Negociação da Fentect, essa máfia, não representa os interesses dos trabalhadores e não fala em nome da categoria, por isso têm que ser destituído, pois são elementos patronais defendendo os interesses do governo contra os patrões. Trata-se de elementos desclassificados, que assim como a empresa e o governo, querem lucrar por meio do aumento da exploração de quase 110 mil trabalhadores.
Precisamos unificar a categoria, aumentar nossa mobilização, essa é a única linguagem que os patrões entendem e essa deve ser a resposta da categoria contra os ataques do governo.
Greve até a vitória!
Atendimento de todas as reivindicações!
Por um comando que represente a vontade e o interesse dos trabalhadores!
Por uma reunião de base nacional para reorganizar a greve!
Não ao desconto dos dias parados!
Não à privatização!
Fora os traidores e vendidos!
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