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domingo, 9 de outubro de 2011

O TST não tem nada a oferecer aos trabalhadores

As negociações com o TST não vão trazer nenhum ganho para os trabalhadores, pelo contrário vão forçar a aprovação de uma proposta ainda mais miserável para a categoria

A audiência pública marcada com o TST (Tribunal Superior do Trabalho) não vai garantir nada para os trabalhadores dos Correios em greve há mais de 24 dias.
A participação do TST na negociação da campanha salarial da categoria é uma farsa, pois este tribunal não é nenhum mediador como querem apresentar a direção da empresa e a direção pelega da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-Psol-PSTU). O verdadeiro papel do TST ficou demonstrado nas propostas extremamente rebaixadas apresentadas tanto na terça-feira, dia quatro, quanto na sexta-feira, dia sete.
A entrada do TST para “resolver” a greve não passa de uma manobra da direção da empresa e do governo Dilma para tentar enganar os trabalhadores com a desculpa de que o tribunal agiria de maneira imparcial sobre a greve. É um nítido jogo de cartas marcadas que vai favorecer exclusivamente os interesses dos patrões e não do trabalhador. O TST não é um órgão a parte da situação, mas está diretamente ligado com os interesses da empresa contra os trabalhadores.
Não pode restar nenhuma dúvida sobre o papel do TST na greve. Este tribunal não passa de uma extensão da direção da empresa e do governo. Querem fazer o trabalhador engolir a proposta miserável do TST sob a alegação de que por detrás dos juízes comprados existe uma certa neutralidade do tribunal que julgaria a campanha salarial olhando os dois lados envolvidos.
Isto é totalmente falso, pois o TST não teve nenhum tipo de consideração com o lado do trabalhador, apenas com o lado dos patrões. Basta verificar as propostas miseráveis que foram apresentadas. A situação precária dos trabalhadores que há dois anos não recebem aumento e que sofrem as conseqüências da crise econômica como o aumento sistemático da inflação não foi levado em conta pelo TST. A situação precária das condições de trabalho como dobras, horas extras etc também não foram considerados pela decisão do tribunal.
As propostas miseráveis apresentadas pelo TST demonstram como este tribunal está do lado da empresa e não do trabalhador. Apresentar um aumento linear de R$ 60 para janeiro de 2012 e uma reposição de 6,87% é uma verdadeira afronta diante do fato de que o lucro da ECT foi de quase um bilhão de reais no ano passado, exatamente R$ 827 milhões em 2010, uma fortuna que poderia facilmente atender as reivindicações da categoria. De fato o TST não está de olho nos interesses dos trabalhadores, mas quer assegurar o lucro da direção da empresa.
É por isso que os trabalhadores não devem confiar no TST e retirar seus representantes da negociação que não passa de uma farsa montada para forçar o fim da greve sem ganho para a categoria. 
Confiar no TST é o mesmo que se deixar levar para o fim do movimento que vai completar um mês na próxima semana.
Os trabalhadores só devem confiar em si próprios para realizar a negociação, sem falsos intermediários, como é o caso do TST, que é formado por juízes que são indicados pelos presidentes corruptos e que só por este fato não vão defender os trabalhadores.
Que o comando de negociação se retire do TST!
Greve até a vitória!
Abaixo a ditadura!

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