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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Atenção trabalhadores: depois de assinar um acordo criminoso a empresa, Comando está espalhando outra arapuca: dissídio no TST

Depois de tentar acabar com a maior greve dos trabalhadores por meio de um acordo miserável, que entre outras coisas aprova o desconto dos dias e a volta do banco de horas, a burocracia sindical irá agora usar o dissidio coletivo como armar contra a luta dos trabalhadores


A categoria, por meio das assembleias que foram realizadas na quinta-feira, 5, rejeitou categoricamente o acordo miserável assinado pelo Comando de Negociação, uma proposta que é na verdade uma provocação contra os trabalhadores, pois além de aprovar um reajuste ofensivo, autoriza o desconto dos dias e o banco de horas, para que os trabalhadores virem escravos oficiais da empresa.
Depois de sofrerem essa derrota vergonhosa, vale ressaltar que o Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) não conseguiu nem mesmo defender a proposta abertamente, a mais nova manobra da burocracia é aterrorizar os trabalhadores com o dissidio coletivo.
De acordo com as deliberações aprovadas na audiência de “conciliação”, onde estavam presentes a ECT, Justiça, Comando de Negociação e Fentect, o acordo criminoso que foi assinado deveria ser encaminhado para a aprovação, ou não, das assembleias. No caso da rejeição por parte dos trabalhadores, como de fato ocorreu, a decisão era a de que a greve seria levada para o dissídio coletivo. Segundo a proposta, “Caso isso não ocorra [a aprovação do acordo nas assembleias], o dissídio será distribuído para um ministro relator para análise e posterior julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST”.
A possibilidade de a greve ir para dissidio se transformou na principal arma do Bando dos Quatro para acabar com a mobilização. Choveram falas aterrorizantes, que visivelmente tinha o objetivo enfraquece o desenvolvimento da luta.
Não há dúvidas de que o acordo que a Justiça vai assinar será tão ruim quanto esse. A atual proposta de “conciliação” já foi uma proposta formulada pelo próprio TST e que dificilmente os juízes vão modificar, até porque a burguesia sabe da enorme revolta dos trabalhadores e um acordo pior do que o que foi assinado pelo Comando poderia causar a revolta massiva da categoria.
Os trabalhadores não podem ficar a mercê do que determinar o Comando de Negociações, formado por meia dúzia de sindicalistas que estão negociando cargos e benefícios próprios, como se a Fentect fosse um verdadeiro bocão de negócios. Quem deve decidir sobre os rumos do movimento são os próprios trabalhadores e não meia dúzia de sindicalistas vendidos, muito menos um Juiz que não conhece absolutamente nada da realidade da categoria.
É chegado o momento de aumentar e radicalizar a greve. Temos que mostrar nossa força e nossa disposição de luta. Temos que responder a altura todos os ataques que estão sendo promovidos pela empresa, governo e contra o Comando traidor, que assinou essa afronta contra a luta os trabalhadores.
Temos que parar o Correio 100% para obrigar a empresa a abrir negociações. A categoria não aceitar esmola, muito menos a volta da escravidão. A greve tem que ser até a vitória da pauta de reivindicação da categoria.

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