A greve dos trabalhadores dos correios está em um momento decisivo. De um lado está a empresa e o governo que estão atuando energicamente contra os trabalhadores, se negando a negociar e anunciando corte de pontos, e do outro está a categoria massivamente mobilizada.
Agindo entre essas duas forças está a burocracia sindical pelega, que atua como agente dos patrões dentro do movimento sindical, com o objetivo de dificultar a mobilização dos trabalhadores, desarticulando a organização da categoria para que a mesma perca força e a greve seja vencida pelo cansaço. Diversas medidas estão sendo tomadas pela burocracia, desde o rebaixamento de pauta até o boicote aberto das atividades da greve, a exemplo dos piquetes que estão sendo desarticulados em todos os sindicatos, com exceção do Sintect-MG que é dirigido pela Corrente Ecestisas em Luta, onde a atividade ocorre diariamente com a presença de 350 trabalhadores no setor mais importante que é o Complexo Operacional.
Ainda como parte das manobras da burocracia para evitar a greve está a negativa do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) em articular uma atividade unificada da categoria. Ou seja, não querem de forma alguma que os trabalhadores dos Correios, uma categoria nacional, se unifique em torno de uma atividade que mostra a força dos trabalhadores e que coloque o governo do PT-PCdoB contra a parede.
O que, no entanto, a categoria precisa ter claro é que as reivindicações dos trabalhadores e, consequentemente, a vitória da greve, dependem da unidade dos ecetistas. Fazer um ato unificado que conte com a participação de dezenas de milhares de trabalhadores vindos de todos os estados é uma tarefa essencial para a vitória da categoria neste momento.
O acerto político dessa atividade já foi comprovado com as atividades organizadas pela Corrente Ecetistas em Luta, em Brasília. A ida dos trabalhadores de Minas Gerais, Campinas, Americana, Paraná à Brasília, não só fechou o prédio central dos Correios, deixando o sistema do Bando Postal fora dor ar durante toda a parte da manhã, como obrigou a empresa a chamar uma nova rodada de negociações.
Ou seja, para que a categoria consiga a vitória de suas reivindicações é preciso que os trabalhadores partam para uma ofensiva contra a empresa e o governo. É preciso articular os trabalhadores de todo o País, para que os mesmos mostrem toda a sua força e sua disposição de luta. O governo e os patrões só entendem a linguagem da mobilização e essa deve ser a resposta que a categoria deve da ao aumento da ofensiva do governo. Aumentar a greve e a pressão para que a greve seja vitoriosa.
Devemos exigir das diretorias pelegas que utilizem os recursos dos sindicatos, que pertencem aos próprios trabalhadores para levar o maior número possível de trabalhadores a Brasília para participar do ato nacional.
Todos à Brasília, pela vitória das reivindicações e pela vitória da greve!
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