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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Balanço da greve: passar por cima da traição da burocracia e aumentar a mobilização

Os trabalhadores devem aumentar sua mobilização para enfrentar a empresa e ultrapassar os traidores do Bando dos Quatro, que estão preparando uma nova traição, usando agora o dissídio no TST

O Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) novamente está tentando derrotar a greve dos trabalhadores dos Correios com uma enorme traição. Depois de anos traindo a categoria, cuja gota d’água foi o acordo bianual em 2009, a burocracia sindical está com dificuldades para colocar em prática mais uma traição.
Tudo já foi tentado pelo Bando dos Quatro. Desde antes da greve, quando prepararam um golpe no Conrep (Conselho de Representantes da Fentect) para excluir a oposição Ecetistas em Luta (PCO) do Comando de Negociação, e aprovar uma pauta de reivindicações já muito aquém das necessidades da categoria. A burocracia sindical estava preparando o terreno para uma traição.
No meio da greve, além de todo o boicote do Bando dos Quatro a ações enérgicas de greve como manifestações e piquetes, o Comando de Negociação do Bando dos Quatro rebaixou a proposta para tentar desesperadamente acabar com a greve, com o apoio da direção da ECT. Não deu certo, a empresa se recusou a negociar. A greve continuou com muita força e a direção da empresa endureceu sua política, cortando o ponto dos trabalhadores.
Agora, foi a vez da traição no TST (Tribunal Superior do trabalho). O Comando de Negociação do Bando dos Quatro enviou orientação aos sindicatos para a aprovação da proposta feita no tribunal. Proposta vergonhosa, muito pior do que as que já haviam sido rejeitadas pela categoria.
A proposta no TST, que havia sido assinada pelo secretário-geral da Fentect, José Rivaldo Talibã (PT), foi, no entanto amplamente rejeitada pela categoria em todos os estados. Os trabalhadores se mobilizaram, lotaram as assembleias e de maneira categórica e enérgica rejeitaram a traição. A burocracia sindical foi derrotada de forma acachapante.
Os trabalhadores dos Correios estão mostrando o caminho da luta. A única maneira de a greve ser vitoriosa é passando por cima da barreira imposta pela burocracia sindical do Bando dos Quatro. Os trabalhadores devem entender que os traidores dentro do movimento sindical são os representantes dos patrões infiltrados na categoria. Seu papel dentro do movimento, como está claro, é desmobilizar os trabalhadores para derrotar a greve e favorecer os patrões. Toda essa traição, em troca de cargos e privilégios na empresa.

PSTU: cobertura de “esquerda” para os traidores do PT e do PCdoB

O Bando dos Quatro está junto em todas as traições à categoria. Ele é formado por grupos políticos que atuam juntos contra os interesses dos trabalhadores e em defesa da direção da empresa. Esse bloco conta com sua ala mais “esquerdista” e “radical” para dar a cobertura às traições comandadas por PT e PCdoB, os partidos que compõem diretamente o governo e a direção da ECT.
O papel do PSTU/Conlutas é o de dar essa cobertura de "esquerda" para a traição do PT e do PCdoB. Nessa greve, por exemplo, o PSTU esteve junto com PT e PCdoB boicotando as iniciativas de ato em Brasília, com o claro objetivo de blindar o governo Dilma Rousseff.
Em São Paulo, o PSTU é o grande amigo do PCdoB na diretoria do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo). É a “oposição” oficial, que declara abertamente estar junto com o PCdoB. O Geraldinho, do PSTU, tem a permissão do PCdoB para subir no carro de som e falar na assembleia, sempre para acalmar os ânimos dos trabalhadores quando estes estão mais revoltados.
Ainda em São Paulo, o PSTU destruiu o bloco dos 17 sindicatos contra o acordo bianual para formar uma chapa com nada menos do que Talibã para as eleições do sindicato.
Está claro que a posição do PSTU no Bando dos Quatro é a de blindar o PT e o PCdoB e dar uma cara de “esquerda” às traições contra a categoria. Foi assim, por exemplo, na assinatura do PCCS 2008 da escravidão, em que o Jacaré do PSTU foi o principal articulador para que toda a burocracia assinasse o documento, talvez a maior traição da história pois abriu o caminho para a privatização dos Correios.
O PSTU tem um membro no Comando de Negociacão que foi capaz de ouvir esta proposta vergonhosa no TST sem protestar. Este comando, com o apoio do PSTU, aprovou todas as medidas para impedir o ato em Brasília, rebaixar a pauta para chegar até essa negociação vergonhosa etc.
O trabalhador deve estar atento. A traição dessa greve deve passar pelo PSTU e sua política aparente de “esquerda” de defesa do PT e do PCdoB.

A saída é ultrapassar a burocracia sindical

A mobilização dos trabalhadores mostra que não há mais espaço para a política patronal do Bando dos Quatro na categoria. A experiência já mostrou que as direções sindicais da maioria dos sindicatos estão caindo de podres e já não têm mais nenhuma autoridade entre os trabalhadores.
Essa situação mostra claramente a tendência ao aparecimento de organizações independentes dentro da categoria.
O que está colocado na ordem do dia aos trabalhadores dos Correios é a ampliação da mobilização, com iniciativas ainda mais enérgicas de luta, como as ocupações dos setores. Além da retomada dos piquetes e o aumento das manifestações de rua, como o ato unificado em Brasília.
Somente a mobilização dos trabalhadores será capaz de ultrapassar a burocracia sindical pelega e derrotar os ataques da empresa. A primeira tarefa é não aceitar a manobra do Bando dos Quatro que vão se apoiar no dissídio no TST para aterrorizar a categoria. No entanto, os trabalhadores já aprenderam que a mobilização é a única capaz de enfrentar qualquer decisão do judiciário ou dos patrões.

- Por 74% de reajuste;
- Pelo direito de greve;
- Greve até a vitória!

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