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domingo, 2 de outubro de 2011

Distrito Federal: trabalhadores dos Correios aprovam continuação da greve

Mesmo com as manobras do Sintect-DF para desmobilizar os trabalhadores, categoria segue firme e mantém paralisação

No dia seguinte ao grande ato nacional que aconteceu nessa quinta-feira, dia 29, a cena em frente ao Ed. Sede dos Correios em Brasília era bem diferente. Nenhum piquete, agência e portas do prédio abertas.
Na noite da mesma quinta-feira, a direção dos Correios conseguiu um interdito proibitório, uma decisão judicial que tem sido muito utilizada contra greves e piquetes porque visa impedir ações que supostamente ameacem o “patrimônio”. Nesse caso, o piquete. É uma decisão ditatorial da justiça contra a classe operária. Por que no entendimento da justiça patronal, os trabalhadores que estão lutando por condições de trabalho, salário e principalmente contra o sucateamento da empresa e sua privatização são uma “ameaça”, e precisam ser impedidos. Os corruptos e ladrões não são ameaça.
Foi a desculpa que faltava a diretoria do Sintect-DF tentar justificar sua completa falta de iniciativa para mobilização dos trabalhadores e atividades durante a greve.
Cedinho era possível ver na porta da empresa alguns carteiros que apareceram na expectativa de que alguma ação pudesse ser realizada em conjunto com os trabalhadores do setor administrativo, mas a presidenta do sindicato, Amanda do PCdoB convocou a assembléia apenas para 9h da manhã, horário que a maior parte do pessoal já entrou para trabalhar no Ed. Sede.
A desculpa para o horário tardio era que além da decisão judicial em favor da empresa, o dia anterior de intensa atividade teria sido muito cansativo. É que a burocracia sindical não está acostumada e nem tem disposição para uma verdadeira atividade de greve. Os trabalhadores responderam que mais cansativo era ficar no sol quente de Brasília, sem fazer nada, esperando ela subir no carro de som para fazer a assembléia.
Durante a assembléia, foi lida a proposta dos Correios para os trabalhadores em greve há mais de duas semanas, sem novidades. A empresa manteve a proposta de reajuste apenas em janeiro e aumentou a mixaria de 50 para outra mixaria, 80 reais de aumento. E um abono de R$ 500,00. Além de manter a proposta de desconto dos dias parados. A piada da vez é que a empresa querer descontar os dias parceladamente, um por mês.
Essa proposta já tinha sido insinuada pela empresa e rejeitada pelos trabalhadores no decorrer da semana.
De cima do carro de som, a presidenta do sindicato comentou o piquete do dia 29 e tentou mais uma vez fazer campanha contra a presença dos companheiros de Minas Gerais que estiveram no ato no dia anterior e permaneceram em Brasília.
Os trabalhadores que acompanharam toda a movimentação do piquete que apenas teve a repercussão e importância que teve por causa das delegações de fora do DF, e principalmente por causa do Sindicato de Minas Gerais, repudiaram a fala.
Amanda está tão desesperada com medo da ação dos trabalhadores que declarou coisas ainda mais absurdas. Ela aproveitou o comunicado do Comando de Negociação que falou do piquete como se tivesse sido coisa do Sintect-DF para dizer o seguinte disparate: o Sintect-MG deveria era fechar o prédio administrativo de Belo Horizonte, como foi feito em Brasília, como se em MG, ao contrário de Brasília, o sindicato não organizasse piquetes todos os dias. A loucura não podia ser maior. Primeiro porque foi o Sintect-MG que garantiu a paralisação dos Correios Central depois que os bancários saíram do piquete. Segundo porque a Corrente Ecetistas em Luta convocou o ato para Brasília justamente porque é na capital do país e no prédio central da empresa onde devem ser realizadas as principais atividades da greve.
Por mais que ações nas diversas regiões do país sejam importantes, nada se compara às ações realizadas em Brasília, e no Ed. Sede da empresa, onde está o Comando de Negociação e também a presidência dos Correios.
Essa compreensão é fundamental para qualquer pessoa minimamente interessada em levar adiante uma luta conseqüente em defesa das reivindicações dos trabalhadores. E por isso mesmo o comentário geral no dia seguinte do ato era: “na verdade tinha era de ter aproveitado a presença de Minas Gerais e parado a empresa por tempo indeterminado”.
A cada dia a presidenta do sindicato, Amanda do PCdoB vai cavando sua cova e se desmoralizando mais com os trabalhadores de base de Brasília. E a oposição amiga do PSTU-Conlutas segue o mesmo caminho, pois não defenderam os companheiros de fora e nem sequer denunciado a manobra do PCdoB. Mas agora que o Comando traidor está propondo o ato para a próxima terça-feira, está fazendo a maior propaganda da atividade.

Não aos golpes da burocracia sindical!
Greve até a vitória!

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