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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Facada nas costas dos trabalhadores: Comando de Negociação do Bando dos Quatro quer assinar o banco de horas

O Bando dos Quatro, junto com a direção da empresa, quer fazer os trabalhadores reporem as horas paradas, e exemplo da traição da greve de 2008, quando os grevistas foram obrigados a trabalhar de graça para a empresa


Está claro pelas declarações da direção da ECT, do governo e dos sindicalistas do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) que a manobra do momento para acabar com a maior greve da categoria dos últimos anos é a discussão do desconto dos dias parados.
Os patrões atacaram os trabalhadores cortando os dias parados. É uma tentativa de intimidar a categoria. A burocracia sindical, por seu lado, colabora com a empresa e começa a fazer a campanha como se a coisa mais importante no momento fosse não perder as horas.
Dessa maneira, a manobra consiste em abandonar as reivindicações dos trabalhadores e mudar o eixo da negociação para a questão dos dias parados. O que é uma tolice, já que os trabalhadores não entram em greve para não ter os dias descontados, mas para conquistar suas reivindicações.
No entanto, enquanto os sindicalistas fazem escândalo em relação ao desconto dos dias parados, o Comando de Negociação do Bando dos Quatro está preparando, junto com a empresa, um golpe muito maior contra os trabalhadores.
Um dos membros do Comando de Negociação da Fentect, também do Bando dos Quatro, Maximiliano Velazques Filho (PT-MA), indicou em uma reportagem da Agência Brasil que o Bando dos Quatro vai defender o golpe do Banco de Horas. A reportagem diz: “o sindicalista [Maximiliano] assegurou que os funcionários em greve não se negam a pagar os dias não trabalhados, mas querem fazê-lo na forma de reposição das horas paradas. ‘Não queremos que a empresa seja prejudicada. Queremos pagar esses dias, mas na forma de horas extras, de mutirões, trabalhando aos finais de semana. Só não queremos que o desconto seja feito em dinheiro, em nossos salários. E isso é vantajoso também para a empresa que, para normalizar os serviços, teria que nos pagar horas extras’" (26/9/2011).
O sindicalista do PT faz uma declaração de apoio à empresa que deveria ser motivo de sua expulsão do Comando de Negociação se a Fentect, dominada pelo Bando dos Quatro, não fosse um circo patronal permanente.
A diretoria do Sintect-SP (Sindicato dos trabalhadores dos Correios de São Paulo) do PCdoB também está articulando o Banco de Horas. O presidente do sindicato, o Divisa, assinou, junto com procuradores do Ministério Público do Trabalho, um documento em que propõem o pagamento das horas trabalhadas através de horas extras. É a mesma traição que ocorreu na greve de 2008, quando os grevistas foram obrigados a trabalhar de graça para a empresa para repor as horas da greve. Muitos companheiros passaram quase dois anos pagando as horas.
A burocracia sindical submeteu os grevistas às humilhações dos chefes e à arbitrariedade da empresa que não contabilizava corretamente as horas devidas, obrigando que os trabalhadores trabalhassem ainda mais.
O banco de horas para repor os dias parados é um complemento à política de ataque ao direito de greve dos trabalhadores. O desconto dos dias parados mostra que o governo do PT é um governo contra os trabalhadores.
Agora, os sindicalistas do Bando dos Quatro estão querendo assinar novamente o banco de horas para ajudar a empresa a punir os trabalhadores. O banco de horas, todo mundo sabe, é a escravidão da categoria. Os trabalhadores não devem aceitar tal abuso dos patrões e mais essa traição do Bando dos Quatro.
 

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