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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ato dos Correios em Brasília: Bando dos Quatro e direção da empresa unidos.... para boicotar ato em Brasília

Inúmeras foram as manobras para evitar um ato unificado dos trabalhadores dos Correios, tudo isso porque o objetivo da empresa e da burocracia sindical é cozinhar greve em banho-maria e esperar que os trabalhadores se desmobilizem e defender o governo do PT e a direção da empresa dos trabalhadores

A atual greve dos Correios é sem o maior movimento realizado pela categoria nas últimas décadas. Essa mobilização unanime, no entanto, chegou a uma situação onde de um lado estão os trabalhadores dispostos a lutar até a vitória da greve, e do outro a empresa e o governo, que estão jogando duro contra a mobilização, justamente por entender o tamanho e a importância da greve.
O movimento paredista chegou a um ponto onde vai levar quem colocar mais pressão, ou seja, trata-se de uma medição de forças, onde a empresa está jogando com todas as armas para tentar acabar com o movimento e a resposta dos trabalhadores não pode ser outra que não uma pressão ainda maior.
É evidente que pesando as duas forças os trabalhadores possuem muito mais poder de pressão, isso se a greve fosse um movimento ativo, com passeatas, piquetes, atos etc. O que ocorre, no entanto, é que jogando com a empresa e com o governo está a a maioria das direções sindicais, que atua justamente para tentar impedir o desenvolvimento da luta dos trabalhadores. Ou seja, estão de todas as formas tentando impedir que a mobilização de desenvolva, cozinhando a greve em banho-maria para que a mesma se enfraqueça e acabe por conta própria.
Esta maioria é composta por PT e PCdoB, partidos que estão no governo e, logicamente, são uma quinta coluna no movimento grevista, porque estão ao lado dos patrões contra os trabalhadores. Esta situação é mais do que clara e somente os muito ingênuos podem acreditar que esta política de acender uma vela a deus e outra ao diabo não é mais que um jogo de cena para defender os interesses do governo e da direção dos Correios contra os trabalhadores.
Ao lado destes está o PSTU e um grupo de pequenos sindicatos que querem rachar a federação nacional, supostamente porque seriam  de oposição. No entanto, em todas as oportunidades estão unidos com PT e PCdoB contra o interesse dos trabalhadores.
Na semana passada, este grupo disse que não iria participar no ato porque queriam fazer o ato esta semana. Agora, não querem participar do ato porque dizem que vão convocar junto com PT e PCdoB um ato para a semana que vem.
Assim, o tempo vai passando e vão todos, unidos, cozinhando a greve em banho maria, apesar da evidente vontade dos trabalhadores de protestar e sair às ruas.
Essa política ficou ainda mais evidente diante da recusa do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) de participar do ato em Brasília, convocado pela corrente Ecetistas em Luta e pelo Sindicato de Minas Gerais. A atividade é uma forma indispensável de pressionar o governo, uma vez que a proposta é levar 10 mil trabalhadores de todos os estados para fazer uma grande mobilização contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) e contra o presidente da ECT, Wagner Pinheiro. O ato seria uma forma de colocar o governo da parede, pressionando para que o mesmo abra as negociações com os trabalhadores, isso sem falar na repercussão da própria greve, que receberia um destaque muito maior até mesmo na imprensa capitalistas, o que impulsionaria a mobilização, dando um folego ainda maior para a greve. Ou seja, seria uma atividade prática para desequilibrar a balança a favor dos trabalhadores.
A importância de um ato unificado, contra os verdadeiros patrões dos trabalhadores, que é o governo e o presidente da empresa, fica comprovada pelo boicote generalizado da atividade. Os sindicalistas que controlam a maioria da Fentect, bem como os sindicatos que compõem a federação anã do PSTU, estão num jogo de esconde-esconde para não chamar a unidade dos trabalhadores. Até mesmo a empresa, com medo do impacto da atividade, voltou a chamar as negociações para a data do ato, sendo que não existe nem mesmo uma proposta efetiva, a empresa está simplesmente enrolando, apresentando proposta requentada, que inclusive já foi rejeitada, tudo isso para que a burocracia possa usar as negociações como desculpa para não organizar atividades que impulsionem a greve e que pressione efetivamente o governo.
Essas manobras devem ser energicamente rejeitadas pelos trabalhadores. É preciso mobilizar ainda mais os trabalhadores, aumentar o poder da greve e tomar medidas cada vez mais radicalizadas. Apenas o avanço da greve e a realização de atividades unificadas pode garantir a vitória dos trabalhadores. Ficar se reunindo com a empresa para rebaixar a pauta, ou mesmo para aprovar algum acordo criminoso às costas dos trabalhadores, como inclusive o comando de negociações já tentou, é uma forma de dispersar os trabalhadores. A preocupação central do movimento não deve ser com a negociação e sim o de aumentar a força da categoria, o que obrigará a empresa a recuar e, consequentemente, a negociar de forma séria e não os insultos que a empresa e o governo estão propondo.

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