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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Aumento linear: um golpe dos patrões para dividir a categoria e arrochar os salários

Com o total apoio da burocracia sindical, os patrões institucionalizaram o aumento linear, como forma de pagar os menores salários possíveis aos trabalhadores

Os patrões fazem de tudo para diminuir cada vez mais os salários dos trabalhadores. Diante de uma mobilização e da impossibilidade de levar adiante uma política aberta de exploração e escravização, os patrões criaram uma série de golpes para atacar os trabalhadores disfarçadamente, sempre, é claro, com o apoio da burocracia sindical.
Um desses golpes é o aumento linear. Esse aumento consiste em uma política de apresentar índices de reajuste que incida igualmente sobre os salários de todos os trabalhadores, mas de apresentar um aumento em valores, que resulta em reajustes diferentes para os diversos setores de uma mesma categoria.
No caso da greve dos Correios, que está em pleno desenvolvimento, toda a burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) defende, não um índice de reposição, mas um aumento linear de R$ 400, que agora rebaixaram para R$ 200. Essa é uma política conhecida de divisão da categoria, estimulando esmolas aos trabalhadores e não um reajuste que de fato pese no salário. É um golpe muito semelhante ao odiado abono, também implantado pelos patrões com a ajuda da burocracia sindical.
Para colocar em prática essa política, os patrões usam a burocracia sindical como Correa de transmissão, com o argumento de que seria mais “justo”, já que quem ganha mais, tem menor aumento. Um puro cinismo. Só mesmo um ingênuo ou mal intencionado poderia dizer que os patrões estão realmente preocupados com a “justiça” entre os trabalhadores.
O aumento linear não passa de um duro golpe para arrochar o salário do trabalhador e dividir a categoria. Primeiro porque, entre os próprios trabalhadores de base (que recebem menos) há uma grande diferença salarial, de acordo com a idade, tempo de emprego ou função exercida. Quer dizer, no final das contas, quem vai ganhar mais será a minoria da categoria.
Em segundo lugar, o golpe consiste em dividir os trabalhadores para evitar que estes se unifiquem em uma luta conjunta. Para se ter uma idéia, no caso dos Correios, se utilizarmos a proposta apresentada até agora pela direção da ECT – R$ 50 linear – para o trabalhador que recebe R$ 850, o aumento é de 5,88%, para aqueles que recebem R$ 3.300, o reajuste é de apenas, 1,51%. Qualquer trabalhador sabe que tanto em um caso como no outro o reajuste é miserável.
Para os trabalhadores com salários mais altos, o reajuste linear nada mais é que uma redução dos salários.
Esta redução de salários não vai beneficiar o trabalhador que ganha menos, mas empurrar todos os salários para baixo, impedindo inclusive o aumento dos salários mais baixos.
O aumento linear tem a vantagem para os patrões de esconder o índice de reajuste. O trabalhador somente vê a quantia, mas não calcula o seu salário.
Não há absolutamente nenhuma vantagem no aumento linear, nem para os que recebem mais nem para os que recebem menos. Qualquer trabalhador sabe que se a categoria lutar unida por um índice de reajuste salarial igual para todos e que represente as perdas reais dos trabalhadores, maior a possibilidade de conseguir uma vitória sobre os patrões.
A política de divisão é uma política imposta pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e pelos capitalistas com o apoio explícito do Bando dos Quatro e só serve para enfraquecer a greve e a luta dos trabalhadores e ajudar os patrões a arrochar a cada vez mais os salários da maioria da categoria.

- Não ao aumento linear, índice unificado de reposição, não ao golpe dos patrões e do Bando dos Quatro para dividir os trabalhadores;
- Não ao engodo do abono; 
- Por 74% de reajuste já, para recuperar as perdas salariais dos trabalhadores dos Correios.

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