Chamamos os militantes e simpatizantes do PSTU/Conlutas a romper com a política de defesa do governo e organizar um grande ato contra os patrões em Brasília
A Corrente Ecetistas em Luta (PCO) e o principal sindicato que dirige, o Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais), decidiram em plenária nacional da oposição, um grande ato em Brasília, no dia 20 de setembro, durante a greve da categoria.
A proposta do ato foi levada aos sindicatos de oposição, dirigidos pelas diversas correntes, inclusive o PSTU/Conlutas, para que fosse realizada uma grande manifestação em frente ao Edifício Sede em Brasília, como medida direta de pressão dos trabalhadores para protestar contra a privatização da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). Entendemos que um ato em Brasília, unificado, que coloque milhares de trabalhadores nas ruas, seria um grande fator para ampliar a mobilização dos trabalhadores.
A resposta do PSTU/Conlutas diante do chamado ao ato foi um “não”, com a explicação muito comum do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU/Conlutas-Psol) de que “não dá para fazer”, seja lá qual motivo seja mais conveniente para usar como desculpa contra a mobilização.
<i1>Estão blindando o governo Dilma Russeff e Wagner Pinheiro
<t1>Nós, da corrente Ecetistas em Luta, dizemos explicitamente que o PSTU/Conlutas não quer fazer ato algum. Isso porque a política desse grupo é a mesma de toda a burocracia do PT e do PCdoB: blindar o governo do PT-PMDB-PCdoB e desmobilizar a categoria.
Essa política ficou bem clara na Paraíba, quando o secretário-geral do Sintect-PB, Emanuel dos Santos, se colocou contra a proposta do ato em Brasília, declarando de público que não iria a Brasília, por ser uma proposta do PCO. Ele deixou claro que só concorda com propostas do PT-PCdoB, dos traidores da categoria.
Para fazer turismo em Brasília, apostando nos deputados do PSDB-DEM, para supostamente lutar contra a privatização, vocês do PSTU/Conlutas, se juntaram ao PT e ao PCdoB, em uma política clara de defesa da privatização.
Para dispersar os trabalhadores e não fazer o ato em Brasília, o PSTU/Conlutas, junto com PT-PCdoB, estão convocando um dia de passeatas regionais.
A proposta é ridícula, primeiro porque, assim como está sendo feito em Minas Gerais, faz parte da rotina de uma greve organizar manifestações, piquetes e atos todos os dias, porque nós, junto com os trabalhadores mineiros, estamos dispostos a fazer uma greve ativa. Em São Paulo, por exemplo, a diretoria do sindicato não move uma palha para mobilizar os trabalhadores.
O PSTU/Conlutas anunciou que estaria disposto a fazer um ato em Brasília na próxima semana. Se é assim, apesar de nossas considerações e análises, chamamos vocês a organizarem conjuntamente conosco um grande ato em Brasília na próxima semana, mostrando inclusive que nós estamos equivocados em nossa avaliação.
Chamamos os militantes e simpatizantes do PSTU/Conlutas, mas principalmente os seus dirigentes, a organizar um grande ato. Fazemos um chamado àqueles que se iludem com esse grupo a romperem com essa política, assim como fez os companheiros do Piauí, que estão participando, esta semana, do ato em Brasília.
É necessário organizar um grande ato que seja diretamente contra os patrões em Brasília. Um ato que coloque Dilma Rousseff e Wagner Pinheiro na parede, utilizando a força da maior greve da categoria dos últimos anos, para derrotar a privatização e arrancar um acordo salarial que seja compatível com as necessidades da categoria.
- Não à privatização;
- Todos a Brasília, derrotar a política do governo da direção da ECT;
- 74% de reajuste para repor as perdas salariais.
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