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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ministro das Comunicações condena a paralisação dos Correios e ataca direito de greve em comunicado


Na última segunda-feira, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgou uma nota à imprensa com ameaças contra os trabalhadores dos Correios que estão em greve desde o último dia 14.
No documento, Bernardo afirma que os dias parados serão descontados do salário dos funcionários, pois, segundo ele alega em tom provocativo, “greve não é férias”. É uma declaração ofensiva e leviana, pois não está nas mãos do governo dar um ultimato conclusivo sobre o tema. A força da greve deste ano indica justamente o contrário, e é o que o governo procura encobrir.
Na nota, o ministro ataca frontalmente os trabalhadores afirmando que, apesar de o governo reconhecer que as greves são “parte da democracia” (... ). “Temos que cumprir a nossa missão que é servir à população e esta não pode ficar desassistida”. Em outras palavras, Bernardo insinua que as greves não deveriam acontecer, atacando um direito legal assegurado pela Constituição. É uma declaração altamente comprometedora do ministro, que lembra os piores dias da ditadura militar, quando as greves eram proibidas. O único fato que seu comunicado demonstra é o desespero do governo devido à força da greve iniciada na última semana.
Para Paulo Bernardo, os funcionários da empresa deveriam amargar passivamente as piores condições de trabalho. Esta sim é a verdadeira situação que leva a população ser prejudicada pois leva ao sucateamento dos serviços.
A mobilização dos trabalhadores dos Correios se coloca principalmente contra a privatização da estatal iniciada pelo governo Dilma. Caso a privatização seja levada à cabo, os primeiros prejudicados serão os seus funcionários e a própria população.
A desorganização do serviço de Sedex, ocorrida no último período, e cujas encomendas deixaram de chegar no prazo, é parte da política atual do governo de destruição da eficiência da estatal com fins a privatizar a ECT.
A atual greve dos Correios já é a maior dos últimos 15 anos e tende a ficar maior nos próximos dias, com a adesão dos sindicatos que ainda não paralisaram os serviços. A adesão massiva dos trabalhadores colocou contra a parede inclusive a burocracia sindical paga pelo governo e que era contra a greve.
Ao contrário do que o Bernardo desesperadamente quer fazer crer, a força da greve indica a enorme fragilidade do governo. Ameaça arrancar dele toda a pauta de reivindicações e reverter o processo de privatização, que só interessa às empresas estrangeiras.
Em sua nota, o ministro afirma também coisas totalmente absurdas, como que a greve poderia levar a “concorrência” “a ver se toma um pedaço do mercado”, insinuando que a paralisação contra a privatização na realidade estaria acelerando o processo e abrindo caminho para a quebra do monopólio postal, o que obviamente é impossível de acontecer deste modo, pois o monopólio postal é garantido por lei.

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