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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Desespero: Correios estão desviando funcionários de suas funções por conta da greve

Os trabalhadores do CTC Vila Maria, em São Paulo, denunciaram que os OTTs que não aderiram à greve estão sendo mandados para outros setores


Os trabalhadores dos Correios de São Paulo, que trabalham no CTC Vila Maria (Centro de Tratamento de Correspondências), denunciaram que os trabalhadores que não aderiram à greve da categoria estão sendo remanejados para outros setores, inclusive para cumprir funções que não têm nada a ver com as suas próprias.

A adesão no Complexo Operacional Vila Maria é muito parecida com os demais setores operacionais, em que a maioria dos trabalhadores estão parados. A adesão é maior entre os motoristas e entre os OTTs que trabalham nos dois turnos do CTE (Centro de Tratamento de Encomendas). No CTC, os poucos OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo) que continuam trabalhando estão sendo obrigados a ir para outros setores “cobrir” os grevistas.

Assim, os OTTs estão sendo mandados principalmente para os CDDs (Centros de Distribuição Domiciliária) fazer o trabalho dos carteiros. Os CDDS estão lotados entupidos de carga e o desespero da empresa é entregar pelo menos as cartas e encomendas que conseguiram chegar até os setores. O desespero da empresa desmente as notícias falsas que estão sendo divulgados pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), de que a greve estaria enfraquecida e com apenas 30% de adesão.

No CTP (Centro de Triagem Principal) Jaguaré, o desespero da empresa chegou ao ponto de os funcionários administrativos estarem sendo deslocados para o setor de operações. Essa situação criou uma revolta nos funcionários administrativos que estão começando a aderir à greve, assim como está ocorrendo em outros lugares, como Brasília.

A situação criada pela empresa foi anunciada publicamente pela direção da ECT que afirmou que faria um “plano de contingência” para tentar “amenizar” os efeitos da greve. Esse plano consiste em aumentar as horas-extras, o trabalho no fim de semana e o remanejamento de funcionários. Quer dizer, a empresa não cansa em aumentar a exploração dos trabalhadores.

A piada, no entanto, é que essas mesmas medidas já estão sendo tomadas pela direção da ECT há muito tempo. Não se trata de nenhum plano emergencial, mas de um ataque permanente dos patrões para sugar os trabalhadores. Todo o trabalhador dos Correios sabe que faz muito tempo que as dobras, horas-extras e trabalho no final de semana e feriados e o remanejamento de trabalhadores sem o consentimento destes é a política vigente na empresa.

O excesso de serviço e esses ataques da empresa foram um dos motivos da greve dos trabalhadores dos Correios, que não agüentam mais tanta exploração, que estão adoecendo nos setores, devido às condições de trabalho insuportáveis.

Convocamos os trabalhadores que ainda não estão em greve a aderir à paralisação e rejeitar os ataques da empresa para sugar o sangue do trabalhador. A greve é forte e está em pleno desenvolvimento, só a luta da categoria vai arrancar as reivindicações que os patrões se recusam a negociar.

 
- Greve até a vitória;
- Pelo direito de greve, não ao corte do ponto;
- 74% de reajuste para repor as perdas da categoria.

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