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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Trabalhadores mineiros aprovam greve por unanimidade e realização de grande ato em Brasília para lutar contra a privatização

Cerca de 400 trabalhadores aprovaram por unanimidade greve geral a partir da 0h desta quarta-feira, 14. Além da greve, a categoria também aprovou a realização de piquetes no Complexo Operacional, bem como ida dos trabalhadores à Brasília para a realização de um grande ato na próxima terça-feira, 20



Os trabalhadores mineiros, seguindo a tradição de luta desse estado,, aprovaram em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado a partir das 0h desta quarta-feira, 14. A greve, como era de se esperar, foi aprovada por aclamação pelos cerca de 400 trabalhadores que estiveram presentes na assembleia.
A mobilização, ao contrario dos sindicatos controlados pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), tem como ponto central além da questão salarial, a luta contra a privatização dos Correios, atendimento da pauta de reivindicação, contra o arrocho salarial, contra o abono, contra a terceirização e todos os ataques que a empresa e o governo estão impondo aos trabalhadores.
Não só isso. Além de aprovar a greve em uma assembleia lotada, uma das maiores dos últimos anos, os trabalhadores ainda aprovaram um calendário de lutas, com a realização de piquetes nos setores de trabalhado.
Seguindo a orientação da direção do sindicato, dirigida pela corrente Ecetistas em Luta, mais de 60 companheiros colocaram o nome na lista para participar de um grande piquete no Complexo Operacional. As dezenas de trabalhadores que se disponibilizaram a organizar o piquete a partir das 5h da manhã, também realizarão atividades em outros setores.
Durante a assembleia a categoria junto com o sindicato, aprovou a formação de um comando de mobilização, que já se reuniu na própria terça-feira, 13, logo após a assembleia, para discutir os primeiros passos da organização da greve. Nesse primeiro comando estiveram presentes cerca de 30 pessoas, a ideia, no entanto, é aumentar essa quantidade no decorrer da greve.
Trabalhadores aprovaram a realização de um grande ato em Brasília
Depois da própria greve geral, a proposta mais importante aprovada pela categoria foi a realização de um grande ato em Brasília, na próxima terça-feira, dia 20.
A radicalização da categoria é tamanha que os trabalhadores aprovaram ir para Brasília já na segunda-feira, 19, fazer acampamento para esperar o restante dos trabalhadores dos demais estados. O objetivo da campanha é levar 10 mil trabalhadores, de todo o país, à Brasília para lutar contra a privatização dos Correios.
A proposta consiste numa forma concreta de intensificar a luta da categoria, ao contrario da farofada que foi organizada pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), que ao invés de lutar contra a privatização estava fazendo turismo em Brasília com o dinheiro dos trabalhadores. A meta de levar 10 mil trabalhadores é para mostrar ao governo que os trabalhadores ecetistas não irão aceitar de barato um dos maiores ataques do governo contra os quase 110 mil funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
É importante destacar que o está sendo proposto pelo Sindicato de Minas Gerais e pelos trabalhadores mineiros, não é ir fazer lobby com os parlamentares em Brasília, mas organizar um grande ato para mostrar ao governo e força e a disposição de luta da categoria.
Fazemos um chamado a todos os sindicatos que se consideram de luta para que organizem essa ampla mobilização, levando 10 mil trabalhadores à Brasília para lutar contra a privatização. 
Greve geral da categoria contra a privatização da ECT, por 74% de reajuste, pela imediata contratação dos concursados;  
- Campanha nos Correios e junto a toda a população trabalhadora contra a Privatização dos Correios, abaixo a política de privatização do Governo Dilma Rousseff do PT-PMDB e PCdoB através da Medida Provisória 532;
- Fim das terceirizações com o enquadramento de todos os trabalhadores terceirizados aos quadros dos Correios;
- Contratação de mais de 35 mil novos ecetistas por concurso público sem a farsa do teste de aptidão;
- Fim do trabalho nos finais de semana, com a incorporação dos 15% aos salários de todos os trabalhadores;
- Jornada de 35 horas semanais; sem redução dos salários;
- Fim do excesso de serviço com redistritamento dos setores feito pelos próprios trabalhadores;
- Entrega de correspondências pela manhã;
- Pela ampliação do plano de saúde dos Correios sem o compartilhamento do pagamento das despesas feito pelo trabalhador;
- Substituição das guias médicas por cartão magnético;
- Ticket combustível para quem vai ao trabalho com seu próprio veículo;
- Bolsa de estudo para Universidade a todos os trabalhadores estudantes dos Correios no valor de sua mensalidade escolar;
- Auxílio-creche para homens;
- Revogação do Saldamento do Postalis;
- Revogação do PCCS/2008 da escravidão,
- Transformação da função de carteiro motorizado para o cargo de motorista ou motociclista;
- Que a gratificação da função do motorizado seja no valor da maior gratificação paga aos supervisores.
-Fim do GCR, Metas, Absenteísmo, SGDO e toda forma de opressão da chesobre os trabalhadores operacionais;
- Pelo Correio público, estatal e controlado pelos trabalhadores através de eleição direta a todos os cargos de chefia, desde Presidente a Supervisor de Operações, com mandatos revogáveis pelos próprios trabalhadores.

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