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terça-feira, 27 de setembro de 2011

A maior greve dos últimos anos. Uma nova etapa na luta dos trabalhadores dos Correios


A enorme adesão à greve em nível nacional e a disposição de luta dos trabalhadores, apesar de toda a desmobilização promovida pelo Bando dos Quatro, revela as características revolucionárias



A greve dos trabalhadores dos Correios é uma das maiores dos últimos anos. Trabalhadores em todas as regiões do País e de todos os setores aderiram à greve. Por mais que não se tenham dados completamente seguros, é provável que a adesão ultrapasse os 70% dos trabalhadores do setor operacional, sendo que em alguns lugares esse índice chega até a 90%.
Mesmo com todas as tentativas do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) de levar a greve em banho-maria, não tomando nenhuma mínima iniciativa para mobilizar os trabalhadores, a categoria está por si só parando os setores e participando da greve.
É inegável que há uma grande disposição de luta dos trabalhadores. A tendência não é a de fazer uma greve passiva, como tenta impor a burocracia sindical, mas de fazer uma greve cheia de iniciativas de luta. Não só a adesão à greve é geral – os setores que tradicionalmente param estão completamente mobilizados e aqueles que não param tradicionalmente estão aderindo ao movimento – como também as características da greve são claramente revolucionárias, quer dizer, verdadeiramente combativa contra os patrões, fora do esquema sonolento da burocracia sindical.
Nesse sentido, a greve é a mais radical desde 2003, quando os trabalhadores protagonizaram uma enorme mobilização que resultou inclusive na queda da burocracia sindical da época.
A burocracia sindical por seu lado não contava que a greve teria a força que tem. Prova disso é que a diretoria do Sintect-SP (PCdoB) admitiu em mais de uma oportunidade nas assembleias que a greve é maior do que se esperava, chegando até mesmo a pedir desculpas aos trabalhadores por não ter “condições de organizar” a greve.
A manobra frustrada do último dia 21 também revelou que a burocracia sindical não tem claras as dimensões da greve, assim como não tem clara a política do governo e da direção da ECT. Visto isso, a burocracia foi pega de surpresa, pensava que iria fazer uma greve água com açúcar, que poderia ser levada em banho-maria como normalmente ocorre nas campanha salariais, mas está se deparando com uma enorme de mobilização que tende a superar o seu domínio nos sindicatos. Os sindicalistas estão em um impasse: a empresa não quer saber de aliviar e eles não têm condições de controlar os trabalhadores.
Tudo indica que se abriu uma nova etapa na categoria dos Correios. A disposição e a ação dos trabalhadores demonstram que há um movimento mais amplo, no sentido de superar a burocracia sindical e sair seu curral, como acontecia nas greves anteriores, em que a burocracia mantinha certo controle sobre a greve.
Essa nova etapa indica que há uma tendência ao aparecimento de organizações próprias dos trabalhadores, que surjam na base, independente da burocracia sindical. Esse movimento é apenas embrionário, o que quer dizer que ainda não toma as rédeas do processo, enterrando de vez a burocracia. No entanto, essa organização pode se desenvolver a partir de um choque mais claro e definitivo entre os trabalhadores e a burocracia, fato que está cada vez mais próximo de ocorrer.
A força da greve depende dos próprios trabalhadores que até agora, apesar de todos os golpes e manobras do bando dos Quatro, estão lavando adiante uma greve de características revolucionárias. É preciso ampliar as medidas de mobilização, por isso, convocamos um ato em Brasília para unificar a luta nacional dos trabalhadores e colocar na parede os patrões da categoria: a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, ambos do PT.

- Ato no dia 28 em Brasília;
- Por 74% de reajuste;
- Greve até a vitória.

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