A nova diretoria do Sindicato do Espírito Santo, do PT, que tomou o Sintect-ES das mãos dos trabalhadores mostrou o verdadeiros objetivo da manobra da empresa: conseguir mais um aliado para atacar os trabalhadores e minar a greve
O Sintect-ES era dirigido pela corrente de oposição nacional Ecetistas em Luta, a única que trava uma luta conseqüente contra a política patronal levada adiante pelos sindicalistas traidores. Naquela ocasião, o Sintect-ES cumpria um papel ainda mais importante, já que constituía um dos 17 sindicatos que haviam se colocado contra o golpe do acordo bianual em 2009. O Bloco dos 17 sindicatos colocou em xeque a política da empresa e dos sindicalistas traidores (PT e PCdoB) de colocar em prática os maiores ataques à categoria.
Por isso, a direção da ECT realizou uma ofensiva contra vários sindicatos da oposição, utilizando a justiça patronal para tentar tirá-los das mãos dos trabalhadores. No Espírito Santo, os patrões, junto com elementos do PT que se autodenominavam oposição, conseguiu a intervenção no Sintect-ES.
Um Juiz, que já havia sido chefe nos Correios, decretou uma junta interventora, aos moldes do que acontecia na ditadura militar, tirando todo o poder de decisão da organização da categoria. Finalmente, os interventores deram de presente o Sintect-ES para os elementos do PT financiados e apoiados abertamente pelos chefes locais e pela direção da ECT.
Esses elementos, que ganharam a diretoria no tapetão, estão agora mostrando claramente para quem serviu o golpe. Nessa greve, a diretoria do sindicato está boicotando a mobilização dos trabalhadores em plena greve que é uma das maiores dos últimos anos.
Apesar dos cem mil reais que os patrõezinhos receberam em caixa quando tomaram conta do sindicato, não há nenhuma iniciativa para mobilizar a categoria. Pelo contrário, o principal setor do Espírito Santo, o Complexo Operacional, está funcionando normalmente.
Não há sequer um boletim para informar a categoria, assim como não havia quando os trabalhadores não estavam em greve. Nem mesmo carro de som está sendo colocado nos setores e não há a mínima organização de piquetes.
A adesão à greve no Espírito Santo, assim como acontece na maioria dos sindicatos, dirigidos pelo Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), é uma iniciativa independente dos próprios trabalhadores organizados nos setores.
É para isso que serviu a intervenção patronal no Sintect-ES: fazer a política dos patrões, do governo e da direção da ECT, ambos do PT. Os interventores estão a serviço dos ataques contra os trabalhadores e a favor da privatização dos Correios.
- Não à intervenção nos sindicatos;
- Não à privatização dos Correios;
- Pelo direito de greve;
- Por 74% de reajuste;
- Mobilização independente nos setores, contra os sindicalistas interventores da diretoria do Sintect-ES.
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