A atividade no Complexo Operacional começou com mais de 50 pessoas e foi ampliada conforme os trabalhadores iam aderindo à greve. Ao todo, cerca de 350 pessoas participaram do piquete só nesse setor. Todas as entradas foram bloqueadas e as carretas impedidas de entrar
A tendência de luta dos trabalhadores dos Correios é inegável. Em Minas Gerais, onde o sindicato de fato organiza a mobilização da categoria para a luta contra a direção da empresa e os ataques do governo Dilma Rousseff (PT), é visível a radicalização dos trabalhadores.
Depois de aprovar a greve por aclamação, em uma assembleia lotada, dezenas de trabalhadores se reuniram para organizar a luta nos setores de trabalho.
O resultado dessa enorme mobilização foi que às 4h30min da madrugada, mais de 50 trabalhadores estavam concentrados na porta do Complexo Operacional para fazer piquetes. A adesão da greve foi enorme. Os 50 trabalhadores rapidamente se multiplicaram, passando para mais de 350 o número total de trabalhadores concentrados na porta do Complexo.
Já nas primeiras horas de mobilização, mais de 60% dos companheiros do sedex pararam as atividades e se incorporaram nos piquetes. Por volta das 05h30min as carretas e caminhões começaram a chegar e os trabalhadores se uniram para impedir a entrada dos mesmos. As duas entradas principais do Complexo foram bloqueadas e nenhum automóvel entrou no setor.
A radicalização do protesto foi tamanha que um trabalhador chegou a se deitar no chão para impedir a entrada dos caminhões.
Mobilização dos trabalhadores compromete distribuição de encomendas em todo o estado
Por volta das 9h começaram a chegar os trabalhadores do CCE, responsáveis pelo Sedex 10, CTC (Centro de Tratamento de Correspondência), CTE (Centro de Tratamento de Encomendas) e CTO (Centro de Transporte Operacional). Já no primeiro momento, mais de 140 trabalhadores do CCE aderiram à paralisação.
Aqui vale destacar que esses trabalhadores são responsáveis pela distribuição da maioria do Sedex na região de BH, bem como, no caso do CTC, pela triagem de cerca de 200 mil cartas simples, que simplesmente não foram triadas nas máquinas, pois não havia quem as operassem. No caso dos companheiros do CTE, o setor do sedex manual a paralisação foi total, ou seja, 100% dos trabalhadores desse setor cruzaram os braços para protestar contra os ataques da empresa e do governo Dilma Rousseff.
A intensa paralisação desse setor significa para a empresa um enorme prejuízo. Ou melhor, significa que toda a distribuição de encomendas do estado foi prejudicada. Não só isso. Significa que a distribuição de encomendas de todo o País foi prejudicada, já que Minas Gerais, ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro concentram sozinhos mais da metade do fluxo de cargas.
Centenas de trabalhadores também realizam protestos na porta do correio Central
Enquanto os trabalhadores do Complexo Operacional (CO) realizavam uma ampla mobilização, os trabalhadores do CDD BH (Correio Central) realizaram piquetes e apitaço.
Ao todo mais de 250 trabalhadores, do CDD BH e de diversos outros setores, garantiram a vigília no prédio central, enquanto aguardavam os companheiros do CO para realizar uma grande passeata pelas ruas de Belo Horizonte rumo ao local onde ocorreu a assembleia, no centro de BH.
A principal palavra de ordem dos trabalhadores era a defesa dos seus empregos, contra a privatização da ECT, 74% do reajuste salarial e contra os ataques da chefia, empresa e governo.
A mobilização dos trabalhadores chamou atenção de toda a população mineira. A imprensa capitalista foi obrigada a dar cobertura à greve e divulgar as ações realizadas pelo sindicato e pelos trabalhadores mineiros.
Logo após a passeata rumo à assembleia, as centenas de trabalhadores que participaram das atividades no Complexo e no Correio Central se concentraram para dar continuidade ao calendário de atividades de luta proposto pelo Sintect-MG. A assembleia não só aprovou por unanimidade a continuidade da greve como tirou uma serie de resoluções, a exemplo de uma carreata (motos e carros) dos grevistas que estiverem no CCE-BH até o Correio Central, bem como a participação dos trabalhadores dos Correios na greve geral dos educadores do ensino público do Estado de Minas Gerais contra o governo do PSDB.
- Todo apoio à luta dos trabalhadores mineiros e de todo o País.
- Greve geral contra os ataques do governo Dilma Roussef (PT) que quer entregar a maior estatal, em número de funcionários, para os capitalistas internacionais.
- Não ao odioso abono, proposta só com reajuste salarial;
- Não à privatização da ECT feita pelo governo do PT e do PCdoB!
- Nada de migalhas, reajuste salarial de 74%
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