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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Greve dos Correios: a luta é contra a privatização

Desde o dia 14, os trabalhadores dos 26 estados e do Distrito Federal estão em um movimento para lutar contra este que é um ataque sem precedentes à categoria ecetista


O desequilíbrio do orçamento estatal, efeito da crise capitalista sobre a economia brasileira, tem feito o governo do PT aplicar uma política de ataques ainda maiores aos trabalhadores, fazendo estes pagarem a conta para salvar o lucro dos capitalistas. Isto mostra que, ao contrário das declarações de Dilma Rousseff, o Brasil não está imune a crise. Além disso, recentemente foram tomadas outras medidas contra os trabalhadores como o congelamento de despesas do orçamento de 2012, o início da elaboração de uma nova Reforma da Previdência, cortes no orçamento da educação, saúde e o congelamento salarial dos servidores públicos.  
No que diz respeito ao plano de austeridade e, conseqüentemente, a atacar os trabalhadores, um aspecto central desta política é a privatização. Neste momento, o governo Dilma Rousseff, com a ajuda da oposição de direita, pretende promover a venda para os especuladores imperialistas do que restou das estatais brasileiras. Entre estas estatais e setores estratégicos estão os aeroportos, os Correios, a Petrobrás, a Telebrás, o Banco do Brasil, entre outras.
Neste sentido, a greve dos trabalhadores dos Correios adquire, como de costume, uma grande importância política. Mas este ano, além da sua importância pelo fato de ser a maior estatal do país em número de trabalhadores, estar presente em 5.561 municípios brasileiros e ser uma empresa estratégica para o setor das comunicações, há uma relevância adicional.
A greve dos trabalhadores dos Correios é, neste momento, a mais importante luta contra as privatizações do governo do PT.
Aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, a vitória da MP 532, que transforma os Correios em uma empresa de capital aberto, foi fruto de um acordo entre o governo e a direita. No Senado, por exemplo, a aprovação ocorreu em tempo recorde, sem nenhuma discussão e até mesmo sem que fosse votada pelos parlamentares. Um acordo entre as diferentes bancadas dos partidos burgueses aprovou este ataque aos ecetistas e revelou mais uma vez que o parlamento funciona de forma completamente antidemocrática e em oposição aos interesses da população.
Contra estes ataques, os trabalhadores ecetistas estão realizado uma greve nacional. Eles passaram por cima da política da burocracia sindical do Bando dos Quatro (PCdoB, PT, Psol, PSTU) que procurou dividir a categoria e impedir a greve unificada.
A greve é uma resposta aos ataques decorrentes da privatização que, diga-se de passagem, vem sendo implementada há muito tempo. A continuidade desta política de entrega dos Correios aos capitalistas estrangeiros significa a liquidação do plano de saúde, mais perdas salariais, aumento das terceirizações e das demissões, retirada dos direitos trabalhistas etc. Ou seja, um ataque sem precedentes à categoria dos trabalhadores dos Correios.
Por isso, a greve nacional dos Correios serve como exemplo para todos os trabalhadores brasileiros e seu êxito trará resultados importantes para todo o movimento operário brasileiro. Principalmente em um momento em que a classe operária apresenta uma forte tendência a superar o período de refluxo das duas décadas anteriores. Trata-se de uma greve para lutar diretamente contra a privatização, ou seja, contra parte da política do governo de atacar os trabalhadores. Mostrando que a única forma de barrar as privatizações e outras medidas para beneficiar a burguesia à custa dos trabalhadores é a organização e a mobilização independente da classe operária.  

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