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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não ao Banco Postal: unificação com os bancários para aumentar a força da greve

A greve dos Correios e dos bancários coloca na ordem do dia derrotar a super-exploração sofrida pelos atendentes com o Banco Postal, mais uma face da privatização dos Correios

Os trabalhadores dos Correios entraram em seu 15ª dia de greve. Nesta terça-feira, dia 27, os bancários também iniciaram sua greve nacional. A unificação das categorias em greve é muito importante para a força da luta dos trabalhadores.
A greve dos Correios é muito forte e conta com cerca de 70% de adesão em todo o País. Mesmo com os ataques da direção da empresa – corte de ponto, informações falsas, rebaixamento da pauta pela burocracia sindical – a mobilização continua forte e a greve é a maior provavelmente dos últimos 15 anos. A força da mobilização dos trabalhadores dos Correios revela a tendência de luta dos trabalhadores e aponta para uma greve igualmente forte entre os bancários.
Além da unificação política das duas categorias, o início da greve dos bancários coloca em destaque um problema comum para as duas categorias: o Banco Postal.
O Banco Postal consiste no atendimento bancário nas agências dos Correios. O Banco do Brasil venceu a licitação esse ano para operar o Banco Postal pelos próximos cinco anos. O lance dado pelo BB foi de R$ 2,3 bilhões. O Bradesco que por dez anos tem o direito da operação comemorou 10 milhões de contas abertas no Banco Postal em 2010, ano em que apenas com o Banco Postal esse banco lucrou R$ 820 milhões. É um negócio bilionário.
Enquanto isso, quem sofre com o contrato que enche os bolsos dos banqueiros são os atendentes comerciais dos Correios, que são explorados duas vezes. Eles são obrigados a cumprir duas funções dentro das agências: a de bancários e a de ecetistas. A saúde desses trabalhadores está cada vez pior, devido ao excesso de trabalho, com uma jornada de oito horas diárias, enquanto que um bancário tem jornada de seis horas.
O Banco Postal é uma face da privatização da empresa. Toda a estrutura é dada pelos Correios, desde funcionários até agências e transporte. A única preocupação do banco é saber onde vai guardar os bilhões de lucro.
Fica claro que o Banco Postal é mais uma maneira que os banqueiros encontraram para super-explorar os trabalhadores. É uma tentativa inclusive de enfraquecer, por exemplo, a greve dos bancários usando a mão de obra dos Correios.
Por isso, a greve geral unificada da categoria está ainda mais na ordem do dia. É preciso que os trabalhadores se organizem de maneira independente, como já está acontecendo nos Correios, para tomar iniciativas conjuntas, antecipando a imobilidade que a burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) prepara também nos bancários.
É preciso parar os bancos e as agências dos Correios que ainda estão funcionando e denunciar aos atendentes que eles estão sendo usados pelos banqueiros.
- Não à privatização
- Não ao Banco Postal
- Por atos unificados entre ecetistas em bancários.

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