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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Super-exploração oficial: direção da ECT, comicamente, quer acabar com a greve através de horas-extras e trabalho no fim de semana

As declarações do presidente da ECT mostram que eles perderam a cabeça e não sabem o que fazer diante da força da greve


Após a deflagração da greve dos Correios, a direção da empresa começou a divulgar uma série de declarações dizendo que está colocando em prática um plano de contingência para “diminuir os prejuízos” da greve.
O plano de contingência da empresa foi divulgado em nota à imprensa: “a ECT trabalha para normalizar a situação o mais rápido possível e está adotando uma série de medidas que garantem o atendimento à população brasileira: contratação de recursos, realocação de pessoal, realização de horas-extras e trabalho nos finais de semana [grifo nosso]. (portal dos Correios, 14/9/2011).
Não restam dúvidas de que o plano da empresa para tentar minimizar os efeitos da greve será esfolar até o osso a minoria de trabalhadores que está furando a greve. A receita da direção da ECT em todas as situações é uma só: esfolar o trabalhadores...Além disso, ameaçam contratar mais terceirizados.

Nada muda: mais hora-extra

O que a direção da ECT esquece de dizer é que todo esse “plano de contingência” apresentado como algo que vai resolver os problemas da greve, não passa de uma piada, além de ação totalmente calhorda, pois pretende atacar diretamente o direito de greve dos trabalhadores. Tudo que a empresa promete fazer é exatamente o que já acontece nos setores de trabalho. Essa situação que é eternamente de “contingência” é um dos motivos pelos quais os trabalhadores estão mobilizados na greve.
A categoria, há pelo menos três anos, vem enfrentando um excesso de serviço que está deixando os trabalhadores doentes. O trabalho no final de semana, as horas-extras constantes e obrigatórias e tudo o que for necessário para esfolar o trabalhador é o comum em todos os setores da empresa nacionalmente. Faltam funcionários e a categoria não agüenta mais ter que trabalhar por dois ou três companheiros.
Outras arbitrariedades, como a transferência de trabalhadores para setores sem o seu consentimento também são comuns na empresa, sempre para dar conta do excesso de carga.
A terceirização também é uma realidade. Com certeza não precisará de uma greve para que a direção da ECT contrate terceirizados.

De novo...os terceirizados

Desde o fim do ano passado, houve um boom de terceirizados fazendo todo o tipo de trabalho na empresa: distribuição, triagem, entrega, atendimento. O aumento da terceirização é um dos primeiros ataques da direção da empresa que está privatizando os Correios.
No entanto, diante da ameaça de que mais terceirizados virão, é importante que os trabalhadores tenham claro que não devem permitir que a empresa cometa essa ilegalidade para tentar furar a greve.
Os terceirizados serão barrados na porta e aqueles que já estão trabalhando serão convocados a se unir aos trabalhadores concursados, já que esses companheiros também sofrem com um salário baixo que sequer é pago pelas empresas fantasmas contratadas pela ECT.
Nenhuma medida será suficiente para amenizar os efeitos da greve, que é a mais forte dos últimos anos, ao contrário da mentira contada pela direção da empresa de que há apenas 34% de adesão em nível nacional e cerca de 60% na região metropolitana de São Paulo. Estes índices manipulados pela empresa são divulgados em todas as greves, para tentar fazer com que a imprensa capitalista faça campanha contra a categoria.
A verdade é que a paralisação dos principais serviços pela ECT mostra o que os trabalhadores já sabem, mas de 70% da categoria em nível nacional, está em greve, atingindo cidades pequenas, agências e, agora, até a área técnica da empresa, que tradicionalmente não aderia à greve.
Os trabalhadores não agüentam mais tanta exploração e um salário tão baixo, por isso, exigem 74% de reajuste e o fim do excesso de serviço, o fim do trabalho nos finais de semana e a contratação imediata de 35 mil novos trabalhadores concursados.

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