Depois de aprovar Medida Provisória que privatiza a ECT, empresa e governo passarão para a segunda etapa: tentar colocar em prática as medidas de privatização em cada local de trabalho
Durante todas as semanas que a Medida Provisória da privatização esteve no Congresso Nacional, a política dos sindicalistas traidores foi a de tentar iludir a categoria de que a privatização poderia ser derrotada apenas “convencendo” os deputados e senadores corruptos a votar contra o governo, um cinismo sem precedentes...
O resultado óbvio foi a aprovação da Medida Provisória na Câmara e no Senado. Agora, os sindicalistas partirão para a segunda etapa do golpe: convencer os trabalhadores que a luta acabou e que não há mais nada a ser feito contra a privatização. O significado da política do Bando dos Quatro é um só: a defesa da privatização. Por isso não fazem nada para mobilizar a categoria.
Ao contrário do que o Bando dos Quatro está dizendo, a aprovação da Medida Provisória no Congresso é apenas a primeira etapa e é justamente a etapa cujos trabalhadores têm menores condições de interferir.
A aprovação no Congresso Nacional é, em grande medida, uma formalidade. Só mesmo os sindicalistas traidores do Bando dos Quatro podem jogar alguma esperança de que o Congresso poderia resolver o problema dos trabalhadores. Todo mundo sabe que o Congresso é formado pelos maiores inimigos da população, onde quem manda é quem paga mais, ou seja, os capitalistas nacionais e estrangeiros e o governo como seus testa-de ferro.
Para que o governo e os capitalistas sejam vitoriosos na privatização, será preciso colocar em prática essa política em cada setor de trabalho e impor a cada trabalhador os ataques necessários para que o dinheiro da empresa encha o bolso dos capitalistas.
Por isso, ao contrário do que quer fazer convencer o Bando dos Quatro, a luta contra a privatização começa de fato agora. É necessário mobilizar a categoria nos setores de trabalho, cada detalhe é decisivo para derrotar os ataques dos patrões.
A privatização está, por exemplo, no corte do convênio médico da categoria. Em todos os lugares, a empresa está fazendo de tudo para dificultar a emissão de guias médicas, hospitais conveniados estão sendo cortados e há casos de cidades onde o trabalhador é obrigado a viajar horas para poder ser atendido. Os ambulatórios estão um verdadeiro caos, os funcionários foram trocados por terceirizados para dificultar o atendimento.
A política do corte de direitos e o rebaixamento salarial são as verdadeiras faces da privatização. Por isso o número de terceirizados não para de aumentar nos setores, enquanto a direção da ECT se recusa a contratar. Para piorar, o excesso de serviço é cada vez pior e a pressão dos chefes só aumenta.
Toda essa política é a privatização na prática. É contra isso que os trabalhadores dos Correios terão que lutar na base.
Somente uma campanha organizada, nos setores de trabalho, através da agitação e propaganda, das denúncias e das medidas para mobilizar a categoria pode barrar este ataque contra os trabalhadores. Nesse sentido, está na ordem do dia organizar a greve unificada da categoria, para o próximo dia 14, com ocupação dos setores de trabalho se necessário.
Essa campanha deve esclarecer os trabalhadores sobre as conseqüências da privatização e formar uma organização, a partir da base da categoria, independente da burocracia sindical, para derrotar os ataques preparados pela direção da ECT e pelo governo Dilma Rousseff.
- Greve geral contra a privatização da ECT, por 74% de reajuste e pela imediata contratação dos concursados;
- Ato em Brasília, dia 20 de setembro, contra a privatização;
- Campanha junto à população trabalhadora contra a privatização dos Correios e a política de privatizações do governo Dilma Rousseff, do PT;
- Fim do excesso de serviço, fim do trabalho nos finais de semana;
- Não à retirada do convênio médico da categoria.
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