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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acordo entre lideranças dos partidos do governo: Senado passa por cima da vontade dos trabalhadores e aprova privatização do Correio, sem sequer votar

O Senado Federal, instituição antidemocrática, que atua as escondidas da população, aprovou de maneira imediata a Medida Provisória que privatiza o Correio


Mais uma vez o senado federal deu uma demonstração de sua função nas decisões importantes do país.
Na última semana aprovou de um dia para outro a medida provisória – 532 que legaliza a privatização dos Correios.
A aprovação de medida tão impopular foi tomada sem que os senadores se dignassem sequer a votar. Deixaram que as lideranças dos partidos que apoiam o governo, dessem a medida provisória por aprovada, tamanho o consenso em torno da questão.
É preciso ficar claro para os trabalhadores e a população o que representa o senado e a sua função dentro da política nacional.
O senado é uma instituição que representa que há de mais reacionário e anacrônico no país. É uma maneira da burguesia nacional controlar ainda mais a política nacional e atuar como fiscal de outras instituições mais próximas da pressão popular, como a câmara de deputados, vetando qualquer mínima independência dos parlamentares.
Atualmente somente são aprovados no Senado projetos encomendados diretamente por empresas privadas, como é o caso da privatização dos Correios e a censura na Internet, um projeto do Senador mineiro Eduardo Azeredo do PSDB.
Projetos comprados pela iniciativa privada
As empresas pagam para que os parlamentares apresentem projetos para cobranças de serviços que anteriormente eram gratuitos ou de valores muito inferiores.
Estes projetos são pagos a preço de ouro para os parlamentares, uma vez que as empresas favorecidas lucrarão fortunas incalculáveis com a abertura de mercados inteiros, ou seja, a exploração de milhares de trabalhadores, como o que se pretende, neste momento, com o projeto que impede a cópia de filmes, músicas e dowloads em geral pela internet.
Os senadores ainda tem o privilégio de vetar qualquer projeto aprovado na câmara de deputados, ou seja, podem barrar qualquer medida progressista que venha a ser votada.
A própria criação do senado é um ataque a democracia do país porque cada estado possui 2 senadores, independentemente do tamanho da sua população.
Para se ter uma idéia do absurdo o estado do Acre tem uma população, segundo o senso de 2010 de cerca de 733 mil habitantes e possui 3 senadores, enquanto o estado de São Paulo com mais de 40 milhões de habitantes possui os mesmos 3 senadores. O Estado de Minas Gerais, segundo mais populoso do país, com quase 20 milhões de habitantes possui, também, os mesmos 3 senadores.
O voto de um eleitor do Acre vale mais de 50 vezes o voto de um paulista e mais de 25 vezes o voto de um eleitor mineiro.
Esta medida que serve apenas para dar maior poder de decisão e controle sobre a verba federal para elementos sem nenhum apoio popular efetivo, como acontece com latinfundiários, a maior parte deles, grileiros do norte, centro-oeste e nordeste do país, sem falar nos elementos totalmente desclassificados da oligarquia rural destas regiões que vivem do desvio da verba pública, do trabalho escravo e da exploração da população miserável de regiões sem nenhuma assistência do Estado, justamente, porque controlado por estes parasitas da sociedade.
Foram eles que aprovaram o projeto de privatização, pois são eles que controlam o senado nacional.
Sua atuação sempre foi contra a população, atuando pelas costas, de maneira escondida e clandestina.
Temos diversos exemplos da aprovação de medidas sem nenhum respaldo da população como a aprovação da reforma da previdência em 2003. Toda a população se colocou contra a reforma, mas a medida foi aprovada de maneira sorrateira. E a imprensa burguesa dá o maior apoio aos senadores, colocando-os como pessoas interessadas no “futuro” do país e tentam enganar a população.
E exemplos não faltam como o escândalo dos atos secretos que envolviam o presidente do senado José Sarney e muitos outros.
Por isso os trabalhadores não devem aceitar a aprovação da privatização dos Correios pelo senado, instituição intimamente ligada à burguesia e contra a população. A aprovação no senado não quer dizer que a empresa vai ser privatizada porque terá que ser aplicada nos locais de trabalho. Local onde os trabalhadores devem lutar contra a privatização e derrotar a vontade da burguesia em atacar o patrimônio da população.

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