A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) nitidamente não sabe mais o que fazer para acabar com a greve dos trabalhadores dos Correios. Já tentaram de tudo: dizer que não ia negociar, cortar o ponto dos grevistas, usar o Comando de Negociação para rebaixar a proposta etc. Nada adiantou. A greve segue forte, sem refluxo e os trabalhadores mostram disposição de luta.
Diante disso, restou à direção da ECT apostar no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Primeiro, perdeu o julgamento para tornar a greve abusiva. Depois, arrumou um minstro do TST que pudesse que decretou que 40% da efetivo deveria trabalhar, isso depois das declarações de Paulo Bernardo, ministo das Comunicações, de que apenas 18% (!) da categoria estaria parada. A decisão dos 40% foi simplesmente ignorada pelos trabalhadores.
A empresa está completamente desmoralizada. Não precisa ser muito esperto para ver isso. É por esse motivo que decidiram jogar tudo nas mãos do TST.
A esperança da direção da ECT é que o TST, que todo mundo sabe faz o jogo dos patrões, decida a ilegalidade da greve. Depois, a empresa conta com sues fieis escudeiros, os traidores do Bando dos Quatro.
O Bando dos Quatro já começou a fazer a campanha de que os trabalhadores deveriam aceitar a decisão do TST. Uma metira. Os trabalhadores mobilizados devem confiar em si mesmos.
A incapacidade da empresa negociar e resolver o problema mostra a fraqueza dos patrões, que precisam agora contar com a justiça. A direção da ECT e o governo do PT estão desesperados diante da enorme luta que a categoria está protagonizando. Os trabalhadores mobilizados devem tomar a iniciativa e colocar de uma vez por todos os patrões na parede, rejeitando o golpe do TST.
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